Por Lisandra Paraguassu e Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) - A CPI da Covid remarcou o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para 19 de maio, depois de o general informar que teve contato com dois servidores do Executivo Federal que tiveram resultado positivo para a doença.
Pazuello deveria ser ouvido na quarta-feira pelos senadores no âmbito da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura eventuais equívocos na reação à pandemia de Covid-19.
Em comunicação oficial do Exército enviada à comissão, no entanto, o ex-ministro propôs ser ouvido remotamente ou o adiamento de seu depoimento. O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), optou pelo adiamento para que Pazuello seja ouvido presencialmente.
"Cumprimento cordialmente vossa excelência e informo que o general de divisão Eduardo Pazuello, convocado para audiência desta Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, encaminhou expediente no qual apresentou fato superveniente à convocação no sentido de haver tomado contato com dois servidores do Poder Executivo Federal recentemente acometidos de Covid-19", disse o secretário-geral do Exército, general Francisco Humberto de Montenegro, na carta lida por Aziz.
"Do exposto, encaminho à vossa excelência a documentação referida ao tempo em que solicito a possibilidade de análise da situação bem como da adoção das providências consideradas cabíveis", acrescentou.
O ex-ministro Pazuello, que deixou a pasta da Saúde em março e foi deslocado no mês passado para a assessoria especial da Secretaria-Geral do Exército, é apontado pela oposição como um dos principais alvos da CPI.