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Enquanto fome se instala em Gaza, EUA se esforçam para encontrar soluções

Publicado 01.03.2024, 15:12
Atualizado 01.03.2024, 15:15
© Reuters. Palestinos carregam sacos de farinha que pegaram de caminhão de ajuda perto de posto de controle israelense na Cidade de Gaza
19/02/2024
REUTERS/Kosay Al Nemer

Por Simon Lewis e Humeyra Pamuk e Jonathan Landay

WASHINGTON (Reuters) - De lançamentos aéreos de ajuda humanitária a navios de suprimentos do Chipre, os Estados Unidos buscam urgentemente maneiras de alimentar a população de Gaza, enquanto Israel resiste à pressão de Washington pela ampliação do auxílio e os esforços dos EUA para intermediar uma trégua na guerra testam a paciência global.

Com a fome extrema à espreita de mais de meio milhão de pessoas no enclave sitiado em meio à ofensiva militar de Israel, os residentes estão desesperados e as entregas de ajuda tornaram-se caóticas e mortais.

Na quinta-feira, mais de 100 palestinos foram mortos por fogo israelense enquanto aguardavam uma entrega de ajuda humanitária, segundo autoridades de saúde palestinas. Israel negou a responsabilidade, dizendo que muitas das vítimas foram atropeladas por caminhões que transportavam a ajuda.

Sob pressão em casa e de aliados no exterior, o governo Biden avalia propostas robustas mais frequentemente associadas a desastres naturais e à era da Guerra Fria.

O lançamento de alimentos e suprimentos por aviões é uma opção, de acordo com autoridades norte-americanas. A França já fez diversas entregas do tipo em Gaza em parceria com a Jordânia e outros países da região.

Outra alternativa envolve o envio de assistência por mar a partir do Chipre, a cerca de 210 milhas náuticas (aproximadamente 338 km) da costa mediterrânea de Gaza, disse uma autoridade dos EUA. Representantes do governo norte-americano visitaram o Chipre nesta semana para examinar uma possível operação de ajuda por via marítima, relatou a autoridade.

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Os detalhes da operação, incluindo onde os suprimentos poderiam ser descarregados em Gaza, não ficaram claros. A autoridade disse que o governo considera a possibilidade de usar navios militares ou comerciais, e que seria "complexo em termos de garantir um local de desembarque".

A ideia do lançamento aéreo atraiu o ceticismo de alguns membros da comunidade humanitária.

"Os lançamentos aéreos são extremamente caros e de baixo volume... O fato de eles precisarem ser considerados é um grande fracasso político", disse Jeremy Konyndyk, presidente da Refugees International.

Israel afirma estar empenhado em melhorar a situação humanitária em Gaza e acusa os militantes do Hamas de colocar em risco os civis palestinos, usando-os como escudos humanos.

Questionado sobre as opções em estudo pelos EUA, um porta-voz da embaixada israelense em Washington referiu-se a uma declaração na quinta-feira do porta-voz militar israelense Daniel Hagari. Na ocasião, Hagari disse que Israel estava coordenando as entregas e que deseja que a ajuda humanitária chegue à população do enclave.

"Estamos trabalhando sem parar para que isso ocorra", disse Hagari na declaração em vídeo. "Israel não impõe limites à quantidade de ajuda que pode entrar em Gaza."

As entregas de auxílio a Gaza, especialmente no norte, têm sido raras e caóticas diante do aumento da ilegalidade, dos saques e do colapso da ordem pública após a ofensiva militar de Israel, que matou mais de 30.000 palestinos, tornando as atividades de trabalhadores humanitários extremamente inseguras.

O conflito teve início com um ataque do Hamas ao sul de Israel a partir de Gaza em 7 de outubro, no qual os militantes mataram 1.200 pessoas e sequestraram mais de 250.

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O incidente de quinta-feira perto da Cidade de Gaza foi a maior perda de vidas civis das últimas semanas. O Hamas disse que isso poderia prejudicar as negociações no Catar por um cessar-fogo e a libertação de reféns israelenses -- havia sido criada a expectativa de uma trégua antes do início do mês de jejum muçulmano do Ramadã, em 10 de março.

A ONU e as agências de ajuda humanitária criticaram Israel por negar tentativas de transferência de ajuda humanitária para as áreas no norte de Gaza, restringindo o movimento e as comunicações.

O governo Biden diz que a melhor solução para a crise humanitária seria um cessar-fogo temporário, mas à medida que as negociações se arrastam, até mesmo ele vem demonstrando frustração com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Em uma reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas na terça-feira sobre a fome em Gaza, os Estados Unidos foram diretos sobre a responsabilidade do aliado.

"Simplificando, Israel deve fazer mais", disse o embaixador adjunto dos EUA na ONU, Robert Wood, ao Conselho de Segurança.

O fornecimento de segurança para as remessas de ajuda surgiu como um grande problema. A ONU não tem seus próprios guardas e as forças israelenses atacaram a polícia palestina que escoltava os caminhões de ajuda, acusando alguns deles de pertencerem ao Hamas.

Sem entrar em detalhes, o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller, disse que as autoridades norte-americanas estavam considerando uma série de medidas de ajuda. Ele também disse que Washington estava conversando com Israel para abrir uma passagem de fronteira no norte de Gaza.

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Miller disse que há "desafios técnicos e de segurança" para a abertura de mais passagens de fronteira, mas que Israel tem se mostrado disposto a trabalhar com eles.

Ele disse que Washington já vem intervindo desde antes para convencer Israel a abrir duas passagens de fronteira no sul de Gaza.

"Não foi algo que aconteceu da noite para o dia", disse. "É algo que pressionamos repetidamente."

(Reportagem de Humeyra Pamuk, Simon Lewis e Jonathan Landay; reportagem adicional de Michelle Nichols, Arshad Mohammed e Idrees Ali em Washington e John Irish em Paris)

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