Investing.com – Apesar da concorrência intensa com o aço importado, principalmente da China, a Gerdau (BVMF:GGBR4) busca alternativas para enfrentar os desafios que pode controlar. Cortes de custos e estratégias para elevar a eficiência e aumentar as margens foram os destaques do Dia do Investidor da empresa realizado nesta semana, em que demonstrou perspectivas favoráveis para suas divisões. A percepção do encontro foi positiva para analistas do Bank of America (BofA), da XP e do BTG, que entendem que a melhoria nas margens diante da redução de gastos pode impulsionar o Ebitda.
A situação da empresa estaria melhorando no Brasil graças ao corte de custos, segundo o BTG Pactual, que elogiou o andamento do programa na unidade brasileira, que prevê em torno de R$1 bilhão por ano. Assim, as margens Ebitda poderiam chegar a 15% neste trimestre, com a melhoria da dinâmica no Brasil, uma demanda resiliente e as iniciativas de redução de custos.
“A Gerdau reforçou perspectiva positiva para a maioria dos segmentos em que atua, como construção residencial, infraestrutura, indústria e outros, o que também permite anúncios de aumento de preços - que estimamos em torno de 10% para algumas linhas de produtos nos últimos meses”, apontaram os analistas Leonardo Correa e Marcelo Arazi.
A Gerdau segue como top pick do BTG no segmento de Metais e Mineração, com expectativa de analistas de que os rendimentos de dividendos possam atingir entre 9% e 10% até o final do ano. Com recomendação de compra, o preço-alvo é de R$24.
O Bank of America (NYSE:BAC) também seguiu com indicação de compra para a ação após o Dia do Investidor, com alvo de R$26. A percepção foi de uma mensagem positiva e de que o direcionamento das ações da empresa mira na otimização das operações e ganhos de eficiência, o que tende a elevar as margens.
“A Gerdau está focada em entregar ganhos de eficiência em suas operações até o 2S24 e 2025, além de desbloquear capacidade de crescimento no Brasil e nos EUA, onde veem oportunidades para capitalizar o que consideram uma perspectiva de demanda promissora”, concluem os analistas Caio Ribeiro e Guilherme Rosito.
Analistas da XP também saíram do encontro com visão positiva. Os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano concordam que a empresa “continua focada em equilibrar crescimento e retornos para os acionistas”. A expectativa é de margens sólidas no mercado americano, ainda que com algumas dificuldades de curto prazo. Com capex revisado para R$9,2 bilhões entre os anos 2021 e 2027, os analistas demonstram preocupação com investimentos, mas ainda enxergam lucros sólidos até 2025.
Às 15h43 (de Brasília), as ações preferenciais da Gerdau subiam 1,54%, a R$19,14.