Investing.com – Após o anúncio de que a Suzano (BVMF:SUZB3) cortou a produção de celulose neste ano em 4% em meio a preços baixos, o Bank of America (NYSE:BAC) (BofA) destacou que a empresa estaria exercendo disciplina de oferta novamente, em relatório divulgado a clientes e ao mercado em que considerou a situação um déjà vu. O BofA entende que os preços estão chegando a um fundo, ou já estariam neste patamar, mas segue com indicação de compra para a ação, com preço-alvo de R$89.
Os analistas Caio Ribeiro, Guilherme Rosito e George Staphos calculam que a produção reduzida seria de 420-430Kt com base em sua capacidade de celulose, o que representa em torno de 1% de demanda de celulose de fibra curta do mercado ou 0,6% da demanda total de celulose.
O BofA avalia que a mesma decisão, tomada em junho de 2023, foi assertiva, e questiona se o resultado poderá ser o mesmo. Em 2023, o corte da produção “foi sem dúvida um dos impulsionadores que aceleraram a recuperação dos preços no ano passado, quando os preços da celulose atingiram o fundo em meados de maio de 2023, em US$ 474/tonelada, e então embarcaram em um aumento de quase 1 ano”, apontam os analistas.
Ainda conforme o BofA, um anúncio “vindo de um líder da indústria de baixo custo indica que mesmo os participantes do primeiro quartil veem retornos inadequados em algumas operações sob os atuais níveis de preços e na nossa opinião sugere que estes preços são insustentáveis”.
No primeiro semestre, os embarques de celulose da Suzano teriam demonstrado estabilidade frente ao mesmo período do ano anterior, mas 2% inferiores a igual intervalo de 2022.
Às 14h58 (de Brasília), as ações da Suzano subiam 0,86%, a R$55,30.