Investing.com – Com a recuperação nos preços do arroz, analistas esperam um trimestre sólido para a produtora de alimentos Camil (BVMF:CAML3), que apresenta seus resultados do segundo trimestre deste ano em 10 de outubro, após o fechamento de mercado.
O InvestingPro, plataforma premium do Investing.com, projeta receitas de R$3,168 bilhões para a Camil. No trimestre anterior, a empresa reportou receita líquida de R$2,9 bilhões, lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de R$254,5 milhões e lucro líquido de R$78,5 milhões.
Analistas animados com o balanço
As perspectivas são favoráveis, segundo estimativas do Santander, Itaú BBA e BTG. O Santander espera um trimestre positivo, com impulso de volumes fortes. “Prevemos um trimestre sólido para a Camil, beneficiando-se da recuperação de 15% no acumulado do ano nos preços do arroz, juntamente com fortes volumes no Brasil, tanto em categorias de alta rotatividade quanto de alto crescimento, apesar da fraqueza dos volumes de açúcar”, disseram os analistas Guilherme Palhares e Laura Hirata.
Assim, a projeção é de um Ebitda de R$277 milhões, 30% superior em relação ao ano anterior. Para as receitas, a projeção é de R$3,139 bilhão, aumento anual de 8%, e lucro de R$96 milhões, alta de 104% na mesma análise. A indicação para a ação é outperform, equivalente à compra, com preço-alvo de R$12.
O Itaú BBA também espera um trimestre sólido, o que motiva a indicação outperform, com alvo de R$12. O banco projeta um Ebitda ajustado de R$283 milhões, o que considera “contrário do que a sazonalidade regular sugeriria”.
Com expectativa de melhora trimestral na margem Ebitda, os analistas calculam um lucro líquido de R$99 milhões e receitas de R$3,2 bilhões. A recuperação dos preços do arroz poderá resultar em receitas sólidas.
“No faturamento, os preços do arroz devem ser o destaque do trimestre, enquanto as operações com açúcar continuam sendo um fator de redução da lucratividade”, apontam os analistas Gustavo Troyano e Bruno Tomazetto.
Analistas do BTG também estão otimistas com a forte atuação tanto no Brasil quanto no mercado externo. O BTG estima receita de R$3,2 bilhões, Ebitda de R$291 milhões e lucro de R$98 milhões, além de consumo de caixa de R$250 milhões com atraso nos embarques de arroz.
“A melhoria dos preços deverá ser o principal impulsionador destes resultados positivos, com crescimento robusto em ambas as operações mais do que compensando o declínio anual de volume”, destacam Thiago Duarte Brazil e Guilherme Guttilla, que possuem recomendação de compra para a ação, com preço-alvo de R$12.