Por Sarah Mills
LONDRES (Reuters) - A ideia era criar um filme sobre a composição da sua primeira sinfonia, mas, no fim de 2021, o premiado músico Jon Batiste foi indicado em 11 categorias do Grammy e o câncer que estava há muito tempo adormecido em sua mulher voltou, transformando a produção em uma “sinfonia da vida”.
“Imagina estar no palco do Grammys pensando sobre o que está acontecendo em casa”, afirmou Batiste sobre aquela noite de 2022, quando ele ganhou cinco prêmios, incluindo o de melhor álbum. “Acabamos de ganhar a maior premiação da música. Mas tudo é colocado em uma perspectiva adequada quando a vida te dá esse tipo de momento.”
Batiste e sua esposa, a jornalista e autora Suleika Jaouad, juntaram-se ao cineasta Matthew Heineman para criar “Sinfonia Americana”, que inicialmente apenas abordaria o processo criativo do músico. Isso foi feito, mas a produção também mostra sua mulher realizando um segundo transplante de medula óssea enquanto ele ganhava prêmios.
“Eu acho que foi muito importante mostrar como é passar por uma doença como essa... com a esperança de que isso possa oferecer algum companheirismo e conforto às pessoas que estão nas trincheiras do tratamento”, afirmou. “Eu não queria contar a história de fora. Queria que fosse um filme experimental com eles, com todas as idas e vindas.”
Recentemente, Batiste foi indicado a mais cinco Grammys, e desta vez o casal espera comparecer à noite da premiação, em 2024, junto. Sobre o filme, que estará disponível na plataforma Netflix (NASDAQ:NFLX) a partir de 29 de novembro, Heineman espera “que não traga apenas alegria, mas também um caminho de como enfrentar momentos difíceis”.