Investing.com – Os resultados reportados pela Klabin (BVMF:KLBN11) não animaram os investidores, tendo em vista o recuo de 1,09% nos papéis às 14h05 desta quinta-feira, 27, com cotação de R$20,93. No entanto, o Goldman Sachs (NYSE:GS) avaliou que espera um quarto trimestre forte, principalmente devido ao contínuo fortalecimento do preço da celulose e melhor sazonalidade dos produtos de papel.
O banco pondera que o último trimestre deste ano deve ser “o pico do ciclo” e os investidores devem voltar as atenções para até onde os preços da celulose devem ir até se estabilizarem, com expectativa de um excesso de oferta em 2023.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, os analistas Marcio Farid, Gabriel Simoes e Henrique Marques apontaram que o EBITDA recorrente da companhia no 3T22 de R$ 2,3 bilhões representou uma elevação de 20% na comparação anual e de 16% na comparação trimestral, ficando 3% acima da expectativa do Goldman Sachs e 4% acima das estimativas do consenso.
O EBITDA de celulose ficou em linha com o esperado pelo Goldman, o que ocorreu porque aos preços realizados mais altos, principalmente de madeira macia, foram compensados por uma inflação de custos mais forte do que o esperado, conforme destacaram os analistas.
O EBITDA de papel ficou 5% acima das expectativas do Goldman Sachs. O banco vê a Klabin negociando em 7,0-7,5x 2023E EV/EBITDA. No entanto, com os lucros chegando “perto do pico para o ciclo e ainda um pipeline de investimentos pesado”, o GS afirma que os “catalisadores de curto prazo para reclassificação estão atrasados” e mantém classificação neutra para os papéis, com preço-alvo em 12 meses de R$25.