Investing.com - Após enfrentar um ambiente operacional desafiador, o Nubank registrou lucro mais cedo do que o esperado pelo mercado e promoveu alterações significativas na estratégia anunciada e no modelo de crédito. Essa é a visão do Bank of America (NYSE:BAC), que considera que os desafios desde o IPO foram superados com sucesso, mas manteve a classificação dos papéis como neutra.
Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o BofA destacou que, desde a abertura de capital do Nubank em dezembro de 2021, os papéis apresentaram queda robusta, e ainda são ponto de debate entre os analistas.
O ambiente operacional trouxe desafios mais difíceis do que era o esperado, o que “expôs a ciclicidade do negócio”, de acordo com os analistas do BofA Mario Pierry e Flavio Yoshida. O período vem sendo marcado pela piora macroeconômica, com alta nos juros, elevando custos de financiamento, levando a companhia a mudar a estratégia de remuneração dos depósitos na Nuconta. Além disso, as licenças em países como México e Colômbia enfrentam atrasos, reforçam os analistas.
No entanto, a companhia apresentou lucro antes das estimativas de mercado, com crescimento e engajamento da base de clientes e melhora na eficiência.
Entre as lições após a abertura de capital na bolsa para a fintech, o banco aponta algumas sugestões para o futuro da empresa no próximo ano, como aumentar os indicadores do crédito consignado, elevar participação na carteira de alta renda e apresentar melhorias na estrutura de captação, monetização de clientes, assim como ampliação das operações em outros países.
O BofA possui recomendação neutra para as ações do Nubank, com preço-alvo de US$ 5,50 para os papéis, que são negociados nos Estados Unidos.
Às 14h43 (de Brasília), as ações do Nu Holdings (Nubank) (NYSE:NU) recuavam 2,12%, a US$ 4,85.
Os BDRs (BVMF:NUBR33) caíam 0,72%, a R$ 4,16.