Investing.com - A Oi (BVMF:OIBR3) divulgou balanço do 3T22 na última quarta-feira, 9, pela noite, quando reportou prejuízo líquido atribuído aos acionistas controladores de R$3,064 bilhões, reduzindo, na comparação anual, resultado negativo em 36,3%. Na comparação trimestral, no entanto, o prejuízo saltou 855%. Na avaliação do BTG (BVMF:BPAC11), que revisou para baixo o preço-alvo da companhia, o consumo de crédito da empresa de telecomunicações continua elevado, com capex de curto prazo potencialmente mais alto em comparação com as estimativas anteriores.
Em relatório, os analistas Carlos Sequeira, Osni Carfi e Guilherme Guttilla reforçaram que as receitas das operações continuadas, as que devem continuar após a venda dos ativos, apresentaram uma elevação anual de 10% e trimestral de 9,3%, principalmente devido à SerRede.
Os analistas destacaram o crescimento das receitas de fibra, com as vendas atingindo R$ 1,05 bilhão, tiveram uma alta trimestral de 10%. Por outro lado, a dívida líquida chegou a R$ 18,3 bilhões, R$ 2,2 bilhões acima do 2T22 devido ao caixa consumo, com impacto de R$ 1,4 bilhão, depreciação cambial e ajustes de valor.
Sobre o consumo de recursos, as operações financeiras pressionaram, com destaque ao bônus semestral pagamento de juros e capex. O BTG possui recomendação neutra para os papéis e reduziu o preço-alvo em 12 meses de R$0,40 para R$0,25.
Grupamento de ações
A companhia anunciou no dia 17 de outubro que vai realizar um processo de grupamento de ações, na proporção de 50:1. A proposta da administração será votada pelos acionistas em 18 de novembro. Se a proposta for aprovada pela Assembleia Geral Extraordinária, a empresa deve conceder um prazo não inferior a 30 dias aos acionistas titulares de ações para ajustar suas posições. Segundo os analistas do BTG, o grupamento deve reduzir bastante a volatilidade e permitir que os investidores que hoje estão evitando negociar as ações retornem aos ativos.
Às 14h43 (de Brasília), as ações da Oi despencavam 8,70%, cotadas a R$0,21.