Investing.com – Com a manutenção da taxa de juros básica da economia brasileira, a Selic, no patamar de 13,75%, mas sem perspectiva do Comitê de Política Monetária (Copom) para que os cortes comecem a ocorrer, a alocação em renda fixa segue o foco para investidores. Em relatório divulgado aos clientes e ao mercado, a Guide Investimentos apontou como possibilidades com boas tendências alocação em renda fixa pré-fixada, principalmente ativos com alta qualidade de crédito. Na bolsa, a Guide prefere nomes mais defensivos e sensíveis a juros, que ganhariam com a queda dos juros, projetada para o segundo semestre.
Segundo os estrategistas Fernando Siqueira, Victor Beyruti e Rafael Pacheco, as chances de cortes na Selic mais cedo cresceram devido à queda no preço das commodities e à crise de crédito. “Estes dois pontos foram mencionados pelo Copom na reunião desta semana, ainda que o impacto destes dois fatores não tenha sido suficiente para o Copom sinalizar um corte de juros”, reforçam
Renda fixa
O cenário de desaceleração econômica e diminuição do indicador oficial que mede a inflação brasileira tende a ser benéfico para a renda fixa, principalmente os ativos pré-fixados, segundo a Guide Investimentos. “Já a desaceleração econômica também é ruim para o crédito, o que reforça nossa preferência por ativos chamados high grade ao invés de high yield”, ponderam os analistas, que preferem títulos pré-fixados como a LTN 2029 e NTN-B 2035, além de debentures com rating A ou superior.
Renda variável
Em relação a ativos de renda variável na bolsa de valores, a Guide prefere papéis que considera mais defensivos, diante da tendência de desaceleração da economia brasileira, além daquelas companhias que são sensíveis a taxa de juros. “Além disso, dada a desaceleração econômica global (e queda no preço das commodities já mencionado), acreditamos que vale a pena reduzir posições em nomes considerados cíclicos globais como produtores de petróleo e aço”, detalham. Para ETFs, indicam o IB5M11, que replica o IMA-B5+, e o IRFM11, que replica o IRFM.