Por Gabrielle Tétrault-Farber e Tom Balmforth
MOSCOU (Reuters) - Os russos concluem neste domingo a votação em uma eleição parlamentar de três dias em que se espera a vitória enfática do partido no poder, após uma repressão que esmagou o movimento do crítico do Kremlin Alexei Navalny e barrou os oponentes das urnas.
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A esperada vitória do partido Rússia Unida provavelmente será usada pelo Kremlin como prova de apoio a Vladimir Putin, que está no poder como presidente ou primeiro-ministro desde 1999.
Aliados de Navalny, que cumpre pena de prisão por violações da liberdade condicional que ele nega terem ocorrido, estão incentivando o voto tático contra o Rússia Unida, que equivale a apoiar o candidato com maior probabilidade de derrotar o partido no poder em cada um dos distritos eleitorais. As autoridades tentaram bloquear a iniciativa online.
Um vigilante eleitoral independente, Golos, disse que registrou muitas violações eleitorais durante a votação de três dias, incluindo ameaças contra observadores e preenchimento irregular de cédulas. Exemplos flagrantes dessas práticas circularam nas redes sociais, com alguns indivíduos capturados pela câmera depositando maços de cédulas nas urnas.
A Comissão Eleitoral Central disse que registrou casos de preenchimentos múltiplos de cédulas em seis regiões e que os resultados dessas seções de voto seriam anulados.
A Comissão Eleitoral Central informou que a participação eleitoral total era de 40,5% no meio da tarde pelo horário local.
A Rússia Unida está enfrentando uma queda de popularidade devido ao mal-estar público ao longo de anos com os padrões de vida, mostram as pesquisas estaduais, mas continua mais popular do que seus rivais mais próximos nas urnas, o Partido Comunista e o partido nacionalista LDPR, que frequentemente apoiam o Kremlin.