Investing.com – Nvidia (BVMF:NVDC34) (NASDAQ:NVDA), Microsoft (BVMF:MSFT34) (NASDAQ:MSFT) e OpenAI são destacados como os principais beneficiários da inteligência artificial, segundo analistas da UBS. A conclusão reflete os resultados de uma pesquisa recente com executivos de TI de 125 organizações.
A pesquisa, que acompanhou mudanças incrementais desde o levantamento realizado em maio de 2024, aponta que todas as empresas pesquisadas estão explorando o uso de IA em alguma medida.
Cerca de 61% dos entrevistados estão usando IA ativamente em pelo menos uma área funcional, um aumento em relação aos 52% de maio de 2024. Contudo, apenas 11% ampliaram o uso de IA para escala de produção, enquanto 89% planejam avançar suas iniciativas de IA somente na segunda metade de 2025 ou em 2026.
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Esse ritmo de adoção mais lento, atribuído a incertezas quanto ao retorno sobre investimento (ROI), reduziu as expectativas dos investidores para um impacto significativo da IA na primeira metade de 2025.
Os entrevistados preveem um aumento médio de 4,4% nos orçamentos de TI em 2025, ligeiramente abaixo do crescimento esperado de 5,6% relatado em maio de 2024, mas consistente com o aumento de 4,1% registrado no ano anterior.
“Esse resultado sugere um cenário de gastos mais estável daqui para frente, sem um ponto de inflexão, embora a pesquisa tenha sido realizada ANTES das eleições nos EUA,” observou a equipe da UBS liderada por Karl Keirstead.
No setor de hardware, a Nvidia mantém sua posição como a plataforma preferida para computação em IA, com sua tecnologia sendo utilizada tanto para treinamento quanto, cada vez mais, para inferência.
Na infraestrutura de nuvem, o Microsoft Azure consolidou-se como a principal provedora para hospedar cargas de trabalho de IA, enquanto a Amazon (NASDAQ:AMZN) Web Services (AWS) segue em segundo lugar.
A pesquisa não identificou restrições significativas de capacidade de GPUs ou computação, indicando que os desequilíbrios de oferta e demanda são mais pronunciados em startups de IA e modelos de linguagem de larga escala (LLMs).
No nível de modelos, o GPT 4.0 e o GPT 3.5 da OpenAI ampliaram sua liderança sobre concorrentes como a família de modelos Llama, de código aberto da Meta (NASDAQ:META), e as soluções da Google (NASDAQ:GOOGL).
Entre as aplicações baseadas em IA, os destaques incluem:
- M365 Copilot e o domínio do GitHub Copilot no mercado de geração de código com IA, ambos da Microsoft.
- A forte presença da OpenAI na IA criativa, com ferramentas como DALL-E e Sora.
- ServiceNow (NYSE:NOW), que continua liderando em aplicações internas de IA, além de um interesse crescente por soluções personalizadas.
A pesquisa também aponta para uma perspectiva positiva para empresas como Databricks e Snowflake (BVMF:S2NW34) (NYSE:SNOW), bem como para os hyperscalers, à medida que as organizações buscam organizar seus ambientes de dados em 2025.
Entretanto, as tendências parecem menos favoráveis para Oracle (BVMF:ORCL34) (NYSE:ORCL) e MongoDB (NASDAQ:MDB), segundo os analistas.
Com um panorama de adoção gradual, mas promissor, as gigantes da tecnologia e os inovadores do setor de IA devem continuar se beneficiando em 2025, consolidando suas posições no mercado e impulsionando o avanço da inteligência artificial em múltiplos setores.
Analista mostra preocupação com crescimento da AMD
Na quarta-feira, analistas do HSBC rebaixaram a classificação da Advanced Micro Devices (BVMF:A1MD34) (NASDAQ:AMD) de compra para "reduzir", além de quase reduzir pela metade o preço-alvo, de US$ 200 para US$ 110, devido a uma previsão menos competitiva para o portfólio de GPUs de IA da empresa.
Os analistas apontam que a capacidade da AMD de penetrar no mercado de GPUs de IA pode ser prejudicada por baixa demanda pelo MI325 GPU, já que o produto não despertou o interesse esperado, bem como por possíveis atrasos, haja vista que competir com a plataforma NVL rack da Nvidia pode demorar mais que o previsto.
Com isso, o HSBC revisou para baixo a previsão de receita da AMD com GPUs de IA para o ano fiscal de 2025 (FY25), de US$ 12,3 bilhões para US$ 8,1 bilhões, bem abaixo da estimativa de consenso de US$ 9,5 bilhões.
“As ações da AMD já corrigiram 24% nos últimos três meses, mas acreditamos que ainda há espaço para queda,” afirmou Frank Lee, analista do HSBC, em nota.
“Acreditamos que a AMD não conseguirá penetrar no mercado de GPUs de IA tanto quanto esperávamos anteriormente.”
O HSBC prevê que a AMD lançará seu chip MI350 na segunda metade de 2025, alinhado ao seu cronograma. No entanto, os analistas acreditam que a empresa dificilmente apresentará uma solução de rack de IA competitiva antes do final de 2025 ou início de 2026, coincidindo com o lançamento esperado do MI400.
O rebaixamento do HSBC também reflete preocupações com o impulso de vendas em outros segmentos da AMD. O crescimento anual esperado para 2025 é de 12%, uma desaceleração significativa em relação à previsão de 44% para 2024. Da mesma forma, a receita estimada de servidores no data center foi reduzida em 5%, devido ao crescimento limitado da indústria de servidores.
Embora a AMD deva continuar ganhando participação de mercado em CPUs para servidores, o crescimento geral do setor é projetado como moderado, o que impacta o segmento de data center. A estimativa revisada do HSBC é de US$ 4,71, uma redução de 28% em relação às previsões anteriores e 6% abaixo do consenso.
O novo preço-alvo de US$ 110 reflete um menor índice P/L de 23x para 2025, abaixo dos 30x anteriores, devido ao crescimento mais lento das receitas com GPUs de IA e o risco de revisões adicionais.
Com desafios no mercado de GPUs de IA e crescimento desacelerado em outras áreas, o cenário para a AMD em 2025 sugere incertezas significativas. Analistas do HSBC permanecem cautelosos quanto à sua capacidade de competir de forma eficaz no espaço de IA e de manter o forte crescimento em data centers e outros segmentos.
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