Investing.com – Analistas da XP Investimentos (BVMF:XPBR31) revisaram para cima o preço-alvo das ações ordinárias e preferenciais da Petrobras (BVMF:PETR4), que passaram de R$45,10 para R$46, diante de um real mais depreciado. No entanto, ajustaram para baixo o alvo das American Depositary Receipts (ADRs) da Petrobras de US$19 para US$17, tendo como premissa uma cotação mais baixa do petróleo brent, estimado em US$70 o barril, além de um ramp up de produção mais prolongado.
Os analistas do setor de petróleo e gás da XP Regis Cardoso e Helena Kelm reforçaram a ação como top-pick, com recomendação de compra, com base em rendimentos de dividendos considerados atrativos.
“A Petrobras continua sendo uma de nossas principais opções, com dividendos ordinários atraentes e rendimentos FCFE de cerca de 10% e cerca de 12,5% em 2025”, ressaltam os analistas.
Por outro lado, Cardoso e Kelm citam riscos para a tese, incluindo, entre outros fatores, cotações mais baixas do petróleo no mercado internacional e investimentos mais elevados.
Os preços mais baixos do petróleo devem “cobrar o seu preço”. A expectativa é de um Ebitda ajustado de US$11,1 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma retração trimestral de 7%. A XP ainda estima dividendos ordinários de US$2,6 bilhões, um rendimento de dividendos de 2,8%, e enxerga espaço para pagamento de dividendos extraordinários de até US$4 bilhões, um yiedl adicional de 4,6%.
“O estágio avançado para o próximo plano de negócios permite que a Petrobras tenha maior visibilidade sobre as necessidades futuras de caixa”, disse a XP em relatório após os dados operacionais, ainda que pondere que a petroleira pode "optar por ser mais conservadora e reter mais dinheiro em caixa”.