Correção: Diferentemente do anunciado inicialmente no título, o ticker do Banco do Brasil na B3 (SA:B3SA3) é BBAS3, não BBAS4. Pedimos desculpas pelo erro!
Por Jessica Bahia Melo
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Investing.com - Um dos maiores bancos da América Latina, com a mais ampla rede de agências no Brasil e no exterior, o Banco do Brasil (SA:BBAS3) apresentou um crescimento sólido no ano passado, apesar da concorrência com as fintechs, que movem a briga no setor, principalmente em serviços.
O BB reportou lucro líquido ajustado recorde de R$ 21 bilhões em 2021 – crescimento de 51,4% em relação a 2020. Mas qual a tendência para as ações da empresa?
Presente na maior parte dos municípios brasileiros, a capilaridade do Banco do Brasil faz com que a instituição financeira alcance setores chave da economia, como o agronegócio – seja por meio de empréstimos e seguros, impulsionando a carteira de crédito.
No entanto, a influência pública na gestão do BB nos últimos anos foi vista como um dos principais pontos que causaram oscilação nas as ações, segundo analistas consultados pelo Investing.com Brasil.
Em doze meses, as ações do Banco do Brasil tiveram valorização de cerca de 28% até às 15h desta quinta-feira (13). Os papéis estavam cotados a R$35,22, mas chegaram à mínima de R$ 26,57 no mesmo período. Apesar da valorização recente, estão bem abaixo da máxima de 2020, de R$51,88, no dia 02 de janeiro.
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Bull case: tese de alta
Renan Manda, analista da XP (SA:XPBR31), acredita que o Banco do Brasil possui desconto muito grande nos múltiplos frente aos pares. Um dos diferenciais competitivos está no crédito rural, com inserção de seguros e consignados, que tem nível de risco baixo. Além disso, a inadimplência do BB é a menor dos bancos e tem tendência de queda, na contramão do setor. “Uma das grandes linhas que os bancos querem crescer é na parte de crédito rural e isso é o que o Banco do Brasil tem de disparado de líder do segmento”, reforça.
De acordo com Larissa Quaresma, analista da Empiricus, o banco é uma das ações mais descontadas na bolsa brasileira e a mais descontada do setor. Um dos indicadores favoráveis é a expansão da carteira de crédito. “O banco sinalizou que o custo de crédito vai crescer abaixo da margem financeira. Carteira cresce bem, rentabilidade melhora, inadimplência mais baixa. É uma tendência muito positiva para o lucro líquido”, afirma.
Bear case: tese de baixa
Guilherme Tiglia, analista da Nord Research, pondera que como a instituição financeira é uma estatal, sempre há um risco maior de interferência. “O ano de eleições pode gerar uma polarização e a previsibilidade fica prejudicada com esse risco”, destaca.
Para Quaresma, a percepção de inflação maior, com possibilidade de uma recessão, aumentam as chances de interferência em estatais, fatores que permanecem até agora.