Por Gabriel Codas
Investing.com - O Banco do Brasil Investimentos (BB-BI) divulgou nesta terça-feira (4) a atualização de sua carteira recomendada de Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs) com uma alteração, com a exclusão do BC Fund (SA:BRCR11) da carteira por acreditar que o segmento de escritórios tende a enfrentar um ambiente mais desafiador no curto prazo. No entanto, isso não significa que a carteira fica sem exposição ao segmento, já que foi incluído mais um FOF, o RBR Alpha (SA:RBRF11), cuja alocação no segmento corporativo é de 36% do PL do fundo.
De acordo com pesquisa realizada pelo próprio fundo sobre o home office e o respectivo impacto nos escritórios, a conclusão foi a de que a redução marginal na demanda por escritórios não será suficiente para alterar a dinâmica de preços, dado que em regiões premium a relação oferta x demanda continua em equilíbrio.
Apesar da marcante renovação do otimismo na bolsa em julho, que apresentou uma forte alta de 8,27%, o movimento de realização dos fundos imobiliários puxou o desempenho do IFIX para baixo, que encerrou o mês com queda de 2,61%.
No geral, os analistas entendem que o movimento de liquidez proporcionado pelos BCs no mundo, o baixo nível de taxa de juros e a retomada das economias, que tem sido demonstrada por meio de indicadores de atividade positivos, continuam sendo os impulsionadores da bolsa, conjuntamente com a migração dos investidores para a renda variável, na busca por maiores retornos.
Entretanto, eles acreditam que o movimento observado pelo IFIX em julho pode ser explicado em parte pelas incertezas sobra a recuperação de alguns segmentos (shoppings e escritórios, por exemplo), e parte em função das diversas ofertas de subscrição que ocorreram, cujas emissões são realizadas com desconto sobre os preços de tela.
Apesar do menor número de ofertas ICVM 400 em comparação com o ano passado, o número de FIIs listados na B3 continua em uma crescente em função da atratividade desse mercado e do aumento do apetite por parte dos investidores pessoa física. Segundo a CVM, o número de investidores PF atingiu mais de 896 mil em junho, sendo estes responsáveis por quase 70% de todo o volume negociado na B3 no período.
Neste início de agosto (dias 04 e 05), o Copom volta a se reunir. A expectativa é do cumprimento do corte residual informado na última ata, o que deve levar a taxa Selic para 2,0% a.a., renovando a mínima histórica. Se considerarmos a média do dividend yield de 12 meses dos ativos que compõem nossa carteira, que beira os 8,0% a.a., este novo corte nada mais é do que um estímulo adicional aos investidores, no rebalanceamento de seus portfólios em FIIs, e aos gestores, em remunerar adequadamente seus cotistas.
Assim, a nova carteira recomendada para o mês de agosto continua sendo composta por fundos que apresentam resiliência e menor risco de perda de patrimônio, bem como um atrativo retorno potencial. São eles: Hedge Top FOFII 3 (SA:HFOF11), RBR Alpha Multiestratégia Real Estate (RBRF11), CHSG Renda Urbana (SA:HGRU11), Vinci Logística (SA:VILG11), XP Log (SA:XPLG11), Banestes Recebíveis Imobiliários (SA:BCRI11), Iridium Recebíveis Imobiliários (SA:IRDM11) e UBS (BR) Recebíveis (UBSR11).