O Índice de Fundos de Investimento Imobiliário (IFIX) da B3 (SA:B3SA3) operava em queda nesta sexta-feira (22), ainda repercutindo as notícias que derrubaram os mercados brasileiros na véspera. O índice fechou em queda de 0,49% na quinta-feira (21), aos 2.725 pontos.
O clima de aversão ao risco toma conta dos mercados brasileiros após a manobra do governo para driblar o teto de gastos, fazendo com que as taxas de juros – e consequentemente as taxas de retorno dos títulos públicos – disparem. Os pedidos de demissão do secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e sua adjunta, Gildenora Dantas, e do secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, e seu adjunto, Rafael Araujo, simbolizam a derrota da equipe econômica do governo no embate contra a ala política pela preservação do teto de gastos.
Diante desse cenário, é esperada uma postura mais incisiva da parte do Comitê de Política Monetária (Copom) quanto à alta da inflação nas próximas reuniões, acelerando o ciclo de alta da taxa Selic. A perspectiva de Selic mais alta, por sua vez, tende a incentivar uma migração de capital da renda variável para a renda fixa, prejudicando a recuperação dos fundos imobiliários.
Destaques
O Riza Akin (SA:RZAK11), fundo de papéis, liderava as altas do IFIX, subindo 1,9%, aos R$ 88,48. O Autonomy Edifícios Corporativos (SA:AIEC11), do segmento de lajes comerciais, vinha logo em seguida, com avanço de 1,48%, sendo negociado a R$ 73,58. A terceira maior valorização era do Riza Terrax (SA:RZTR11), fundo híbrido, que subia 1,02%, sendo negociado a R$ 100,59.
Na outra ponta, a maior queda era do Hedge Brasil Shopping (SA:HGBS11), que caía 2,52%, sendo negociado a R$ 184,25. A segunda maior desvalorização era do RBR Alpha (SA:RBRF11), fundo de fundos, que recuava 1,6% sendo cotado a R$ 77,68. Por fim, a terceira maior desvalorização era do Brazil Realty (SA:BZLI11), fundo híbrido, que caía 1,48%, sendo negociado a R$ 16,55.
Ao fim da manhã, o IFIX recuava 0,31%, aos 2.716 pontos.