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por Ana Beatriz Bartolo
Investing.com - O banco Itaú está captando recursos para o seu novo fundo multigestor de investimentos alternativos, chamado Polaris. Esse será um fundo fechado, com duração de 14 anos, com foco no ganho de capital no longo prazo em ativos no Brasil e eventualmente na América Latina. O período de captação que vai até o próximo dia 31 de março.
O Itaú Private Polaris FIC FIM tem 1% como taxa de administração total, mais uma taxa de performance de 10% acima do IPCA mais 6% ao ano. O público-alvo desse produto são
investidores profissionais, com aplicação mínima a partir de R$ 50 mil.
Pedro Barbosa, responsável pela Diretoria de Fund of Funds (FoF) do Itaú Unibanco (SA:ITUB4), comenta que esse valor inicial facilita o acesso a investimentos alternativos, já que normalmente esse primeiro aporte costuma variar entre R$ 100 mil e R$ 1 milhão.
O fundo do Itaú será multigestor, ou seja, tem como principal característica a compra de cotas de fundos de investimentos geridos por diferentes gestoras de recursos. Além disso, por se concentrar em investimentos alternativos, o foco dos gestores será em buscar oportunidades em mercados privados, ativos que não estão disponíveis para todos os investidores em geral. “Um exemplo é o Private Equity, que se caracteriza pela compra de ações de empresas fechadas”, explica Barbosa.
“Por serem investimentos privados sem liquidez em bolsa de valores, os fundos deste segmento tendem a ser fechados e com prazo definido para serem encerrados, porém o retorno esperado de um fundo alternativo, que normalmente varia entre 20% à 25% de TIR ao ano, é muito maior do que um fundo de multimercado ou de renda variável, sendo recomendados para investidores mais arrojados e de longo prazo”, aponta o profissional do Itaú.
O Polaris pode fazer aportes em fundos de Private Equity, Venture Capital (investimento em boas empresas que ainda estão em estágio inicial), Real Estate (mercado imobiliário, normalmente mais focado em desenvolvimento de ativos), Private Debt (crédito estruturado), Infraestrutura, Special Situations e Recursos Naturais, além de possibilidade de entrar em coinvestimentos e no secundário de fundos alternativos, sem ter limites máximos ou mínimos pré-estabelecidos para cada classe de ativo.
No momento, o fundo do Itaú é focado em investidores profissionais, porém, o especialista acredita que o Polaris pode ser um passo inicial para aumentar a familiaridade do mercado com esse tipo de produto, fazendo com que, no futuro, a indústria de fundos possa estruturar opções adequadas para os diferentes perfis no mercado.
Barbosa afirma que houve um aumento nas buscas por investimentos alternativos, após o período de baixa da taxa Selic, uma vez que os investidores começaram a procurar por retornos maiores.