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BRASÍLIA (Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e está em um quarto do hospital Albert Einstein, onde se recupera de cirurgia realizada na segunda-feira, e reassumiu as funções de presidente da República, informou o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, nesta quarta-feira.
Bolsonaro foi operado para retirada da bolsa de colostomia que usava desde que levou uma facada durante a campanha presidencial em setembro do ano passado.
No início da tarde, o presidente usou o Twitter para dizer que estava reassumindo o cargo. "Entre exercícios e fisioterapia, os trabalhos que já vinham sendo tocados pela nossa equipe seguem com afinco. O apoio que estou recebendo será fundamental para minha total recuperação. Muito obrigado! Um forte abraço a todos!", escreveu.
De acordo com informações da Presidência da República, Bolsonaro deve despachar e receber ministros em uma sala preparada para isso no hospital. Nesta quarta-feira, no entanto, não há previsão de audiências até o momento. O presidente deverá ficar no hospital ainda por cerca de 10 dias.
O vice-presidente, Hamilton Mourão, trocou mensagens com o presidente e disse a jornalistas que enviou a ele informações sobre o rompimento de uma barragem de rejeitos de minérios operado pela Vale (SA:VALE3) em Brumadinho (MG).
"O presidente não está podendo conversar. Eu mandei uma mensagem pra ele com os últimos dados sobre Brumadinho e amanhã os três ministros que mais estão envolvidos com esse assunto devem ir à São Paulo pra uma breve conversa com ele, até porque a recomendação e pedido da família são de visitas só após segunda-feira", disse Mourão, em entrevista na saída do seu gabinete no Palácio do Planalto.
A previsão é que os ministros do Meio Ambiente, Ricardo Salles; de Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, sejam recebidos por Bolsonaro na quinta-feira.
De acordo com o Palácio do Planalto, a agenda de despachos do presidente vai ser divulgada diariamente e o porta-voz da Presidência manterá os briefings diários com informações da saúde do presidente e também de temas tratados nas audiências.
A cirurgia desta semana foi a terceira de Bolsonaro em decorrência de um atentado a faca sofrido em setembro passado, em Juiz de Fora (MG), durante a campanha eleitoral.
Bolsonaro, de 63 anos, primeiro teve que passar por uma delicada cirurgia de emergência na Santa Casa de Misericórdia local por conta de ferimentos nos intestinos grosso e delgado e em uma veia abdominal.
Na semana seguinte, já internado em São Paulo, passou por uma segunda cirurgia para desobstrução intestinal depois que exames detectaram aderência nas paredes do intestino.
(Reportagem de Lisandra Paraguassu)