(Reuters) - O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), citou um pagamento de 5 milhões de reais feito pelo dono da empreiteira OAS, José Aldemário Pinheiro Filho, ao vice-presidente da República, Michel Temer, em uma troca de mensagens por celular investigada no âmbito da operação Lava Jato, segundo reportagem do jornal Folha de S.Paulo neste sábado.
Com base na conversa, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, reuniu indícios de que Temer, presidente do PMDB, recebeu 5 milhões de reais de Pinheiro, que já foi condenado por envolvimento no esquema bilionário de corrupção envolvendo a Petrobras (SA:PETR4), de acordo com o jornal.
Cunha teria cobrado Pinheiro por ter pago o valor de uma única vez a Temer e adiado compromissos com outras pessoas, de acordo com acusação enviada por Janot ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki, disse a Folha.
Em resposta ao jornal, a assessoria de Temer disse que o diretório nacional do PMDB recebeu em 2014 um montante total de 5,2 milhões de reais da construtora OAS, que foi declarado nas prestações de contas do partido.