Defesa de Carla Zambelli diz que acareação com hacker só acontecerá se for por videoconferência

Publicado 05.07.2025, 12:32
Atualizado 05.07.2025, 16:10
© Reuters.  Defesa de Carla Zambelli diz que acareação com hacker só acontecerá se for por videoconferência

A defesa da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) informou que ela só participará da acareação com o hacker Walter Delgatti Neto caso a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados autorize a realização da audiência por videoconferência. A parlamentar responde a um processo que pode resultar na cassação de seu mandato. A informação foi divulgada pelo UOL e confirmada pelo Estadão.

"Ela não tem como vir para o Brasil agora, está esperando o processo na Itália. Ainda temos um recurso no STF, mas estamos dependendo dessa decisão da Câmara para ver como vamos agir. Se isso não acontecer, não tem como ela vir. Se vier, será presa", afirmou o advogado da parlamentar, Fábio Phelipe Garcia Pagnozzi.

A defesa da deputada apresentou na última quarta-feira, 2, a contestação no processo que tramita na CCJ. Os advogados negam que Zambelli tenha tido qualquer envolvimento com Delgatti, que teria ajudado Zambelli a invadir o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), e defendem a acareação como meio necessário para "dirimir eventuais contradições e confrontar as versões apresentadas".

Zambelli deixou o País dias após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou sua prisão. A deputada foi para a Itália, onde possui cidadania, e teve prisão preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em risco de fuga. A ordem ainda não foi cumprida. Ela foi condenada pelo STF por envolvimento na invasão do sistema eletrônico do CNJ. A sentença fixou uma pena de dez anos de prisão.

Para Pagnozzi, a acareação seria uma forma tanto de Zambelli, quanto de outros deputados poderem interagir. "Seria uma coisa meio histórica para a Câmara, acho que daria uma boa mídia, uma boa visibilidade, mas eu não acho que seria decisivo para se ganhar ou perder alguma coisa lá", ponderou.

No pedido, a defesa afirma que a deputada "sofreu com ação penal, que, em sua ausência, baseou-se apenas no discurso de um delator cuja credibilidade é altamente questionável. Este indivíduo, que já foi qualificado como ’mitomaníaco’ e ’mentiroso compulsivo’ pela própria Polícia Federal, demonstrou incapacidade de manter uma narrativa coesa".

Além do hacker, os advogados também solicitaram que outros nomes sejam ouvidos no processo, entre eles o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, assistente técnico da defesa Michel Spiero, o delegado da Polícia Federal Flávio Reis, e Felipe Monteiro, que embasou as acusações contra a parlamentar. Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, ele espera que esses depoimentos ocorram de forma presencial.

"A lista pode ser atualizada a qualquer momento com mais nomes, ainda estamos estudando quem seria interessante", acrescentou.

A CCJ é responsável por analisar o processo de cassação e emitir parecer favorável ou contrário à perda de mandato. Em caso de parecer positivo, o processo segue para votação no plenário da Câmara. São necessários os votos de 257 deputados para que a cassação se concretize.

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