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Dilma diz que crise política atrasa volta do crescimento e reitera apelo por unidade

Publicado 08.03.2016, 17:29
© Reuters. Dilma, no Palácio do Planalto
PBR
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(Reuters) - A presidente Dilma Rousseff aproveitou o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta terça-feira, para fazer um apelo ao diálogo e à unidade no Brasil e afirmou que a "sistemática crise política" enfrentada pelo país atualmente é um dos componentes que ajudam a atrasar a retomada do crescimento da economia brasileira.

Em discurso durante cerimônia de assinatura de portaria sobre a realização de cirurgias reparadoras, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), em mulheres vítimas de violência, a presidente lembrou a data e fez a avaliação de que já há sinais de melhora na economia, como a queda da inflação.

Ao condenar a violência contra as mulheres, Dilma disse que um quadro de paz é importante para todos, mas principalmente para os governos, em um momento de turbulência política, agravada pela suposta delação premiada do ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS), e pela condução coercitiva para prestar depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada.

"Ter um quadro de paz é fundamental, principalmente para os governos. Governos precisam de paz, para que nós possamos ter condições de enfrentar a crise e de retomar o crescimento", disse Dilma.

"Hoje o Brasil passa por uma fase em que fica claro que não é possível que a gente não veja que um dos componentes que atrasam a retomada do crescimento é a sistemática crise política em que o Brasil, de forma episódica, vem sendo submetido. Episódica por quê? Porque ela vai e vem, porque ela se acentua e depois recua."

Em sua suposta delação, revelada na semana passada pela revista IstoÉ e ainda não homologada pela Justiça, Delcídio teria feito acusações contra Lula e Dilma. A presidente rejeitou as acusações e classificou a suposta delação de "vingança" de Delcídio, preso em novembro na operação Lava Jato e solto em fevereiro.

Além disso, a 24ª fase da operação, que investiga um esquema bilionário de corrupção na Petrobras (SA:PETR4), teve Lula como principal alvo, por conta de suspeitas de que ele teria sido beneficiado por vantagens indevidas dadas por empreiteiras investigadas na operação.

O ex-presidente, que nega quaisquer irregularidades, foi obrigado a prestar depoimento à Polícia Federal na última sexta em uma ação criticada por Dilma, que manifestou "inconformismo" com a decisão do juiz federal Sérgio Moro de determinar a condução coercitiva de Lula.

Em discurso nesta terça, Dilma também fez a avaliação de que a redução na alta dos preços sinaliza que a economia pode se recuperar e pediu unidade e compreensão ao país.

"Na verdade, nós estamos vendo já sinais de que a economia pode se recuperar. Um desses sinais é a redução da inflação, que beneficia todo mundo, e as mulheres em especial. Nós temos hoje um quadro, uma perspectiva, de ter uma inflação cada vez menor", disse Dilma.

"Nesse momento e nesse dia, que é um dia sobretudo de luta contra o preconceito, de luta contra a intolerância, nada melhor do que um apelo ao diálogo, à compreensão e à unidade do nosso país."

O apelo da presidente vem em um momento em que os partidos de oposição no Congresso Nacional aumentam a pressão pela continuidade da tramitação do pedido de abertura de processo de impeachmemt contra Dilma, após os episódios envolvendo Lula e Delcídio e a prisão na Lava Jato do publicitário João Santana, marqueteiro das duas campanhas de Dilma à Presidência, assim como da campanha de Lula em 2006.

© Reuters. Dilma, no Palácio do Planalto

Além do risco de abertura de processo de impeachment no Legislativo, Dilma é alvo de ações movidas pela oposição junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que pedem a cassação da chapa, dela e do vice-presidente Michel Temer, que venceu a eleição presidencial de 2014.

(Por Eduardo Simões, em São Paulo)

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