Moraes pede que Zanin marque julgamento de Bolsonaro e outros 7 réus

Publicado 14.08.2025, 21:10
© Reuters Moraes pede que Zanin marque julgamento de Bolsonaro e outros 7 réus

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes pediu nesta 5ª feira (14.ago.2025) que o presidente da 1ª Turma da Corte, Cristiano Zanin, marque a data do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de outros réus acusados de participar da tentativa de golpe de Estado em 2022.

Moraes disse que o processo está pronto para ser incluído em pauta.

Bolsonaro entregou na 4ª feira (13.ago.2025) ao STF as alegações finais do caso. Pediu para ser absolvido no caso.

Os advogados afirmam que os atos atribuídos ao ex-presidente seriam preparatórios e, portanto, não passíveis de punição segundo a legislação brasileira.

“A narrativa acusatória, assim, refere-se confessadamente a comportamentos que antecedem e muito o início da execução, que exige obrigatoriamente o emprego de violência ou grave ameaça. Se as alegações da PGR fossem realidade, estaríamos a falar de atos preparatórios, que não constituem crime no Brasil”, disseram os advogados.

Depois que Zanin marcar a data do julgamento, a 1ª Turma do STF julgará os réus, que podem ser absolvidos ou condenados. A situação de cada acusado será analisada.

ENTENDA

Os integrantes do núcleo 1 respondem por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A exceção é Alexandre Ramagem (PL-RJ), que teve suspensa a ação sobre os crimes de 8 de Janeiro, quando já era deputado.

Os crimes, segundo a PGR, foram cometidos para manter Bolsonaro no poder depois da derrota em 2022. Em 14 de julho, o órgão pediu a condenação dos 8 réus, afirmando que o ex-presidente liderou a organização criminosa, sendo o principal articulador e maior beneficiário das ações voltadas à ruptura do Estado democrático de Direito.

Além de Bolsonaro, são réus:

  • Alexandre Ramagem (PL-RJ), deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República);
  • tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil.

O tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada, já apresentou suas alegações finais em 29 de julho, pedindo a manutenção dos benefícios do acordo e a absolvição, alegando que apenas testemunhou os fatos na função de ajudante de ordens de Bolsonaro.

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