(Reuters) - O presidente Jair Bolsonaro usará a mensagem ao Congresso Nacional na próxima semana para defender um trabalho conjunto pelo Brasil e uma reforma da Previdência que seja humana e "restabeleça o equilíbrio fiscal".
"Vamos trabalhar juntos para resgatar o Brasil. Proporemos uma nova Previdência, mais humana, mais justa, que não retire direitos e restabeleça o equilíbrio fiscal, que garanta que nossos filhos e netos tenham o futuro assegurado", disse o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, ao mencionar o que Bolsonaro irá apresentar ao Congresso.
Segundo o porta-voz, o presidente decidirá junto com ministros e o próprio Congresso se a reforma da Previdência dos militares será simultânea à dos trabalhadores em geral.
"Nosso presidente está enxergando e identificando todas as possibilidades, sejam para militares sejam para os funcionários de outras carreiras e a sociedade de uma maneira geral", disse.
"Assim que pronta, e assim que o documento for discutido, será a esse Congresso apresentada. A questão de se ao mesmo tempo, um pouco depois, um pouco antes, é tudo uma questão de decisão do presidente junto com o Congresso e com seus ministros", acrescentou.
Na quarta-feira, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que a reforma será uma só e incluirá os militares. "É uma só, mas uma emenda constitucional e um projeto de lei", disse.
Segundo a mídia, o secretário da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, disse que Bolsonaro determinou que nenhum segmento da sociedade, incluindo militares, seja poupado na reforma.
BRUMADINHO
Ainda na esteira do desastre do rompimento de uma barragem da Vale (SA:VALE3) em Brumadinho (MG), o porta-voz disse que "levaremos também ao Congresso de forma imediata a revisão da lei de segurança de barragens".
(Por Alexandre Caverni)