’Soberania é intocável’, diz Lula ao lançar medidas de apoio às exportações

Publicado 13.08.2025, 14:52
Atualizado 13.08.2025, 18:10
© Reuters 'Soberania é intocável', diz Lula ao lançar medidas de apoio às exportações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu que a soberania nacional é "intocável" e criticou as tentativas de interferência dos EUA nos assuntos internos do País, ao assinar medida provisória que disponibiliza R$ 30 bilhões em crédito para os exportadores afetados pelo tarifaço dos Estados Unidos. A formalização da MP se deu nesta quarta-feira, 13.

"Agora a única coisa que nós precisamos exigir é que a soberania nossa é intocável. Ninguém dê palpite nas coisas que nós temos que fazer", afirmou o presidente em seu discurso. Na ocasião, Lula ainda disse que "vamos continuar teimando em negociação, porque nós gostamos de negociar".

Além da linha de crédito de R$ 30 bilhões para empresas afetadas, o presidente também anunciou aumento de compras governamentais e adiamento de impostos. As medidas foram aprovadas uma semana após a taxação de 50% sobre os produtos nacionais nos EUA entrar em vigor.

Como alternativas para mitigar os danos do tarifaço, Lula cita possíveis novos parceiros comerciais, como Índia e China. "Nós vamos continuar vendendo as coisas do Brasil, se os Estados Unidos não quiserem comprar nós vamos procurar outro país", disse.

O presidente afirma que fará o possível para minimizar os impactos para os empresários e defende alternativas. "Ao invés de ficar chorando aquele que perdemos, vamos ganhar em outro lugar. O mundo é grande".

Lula ainda aproveitou seu discurso para criticar o relatório sobre o Brasil emitido pelo governo americano na última terça, 12. O documento acusa o País de violações de Direitos Humanos e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de censura.

De acordo com o texto, os tribunais brasileiros "tomaram medidas amplas e desproporcionais para minar a liberdade de expressão e a liberdade na internet". Os EUA também acusam o governo de suprimir "desproporcionalmente o discurso de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro".

"Falar de direitos humanos no Brasil já foi importante em outras épocas, mas, agora, antes tem que olhar o que acontece no país que está acusando o Brasil", disse o chefe do Executivo.

O presidente rebate a acusação dos EUA afirmando que o país tenta denegrir a imagem do Brasil. "Ninguém está desrespeitando regras de direitos humanos como estão tentando apresentar ao mundo. Os nossos amigos americanos toda vez que resolvem brigar com alguém eles tentam criar uma imagem de demônio contra as pessoas que eles querem brigar", afirmou.

As tentativas de interferência dos EUA visam blindar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e interromper seu julgamento no STF. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu a extinção das investigações contra Bolsonaro na carta que anunciou a taxação e sancionou ministros do Supremo em retaliação aos avanços do julgamento.

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