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Uma em cada 23 adolescentes brasileiras de 15 a 19 anos dá à luz anualmente. O Brasil registrou mais de 1 milhão de nascimentos nessa faixa etária entre 2020 e 2022, com taxa nacional de 43,6 nascimentos por mil adolescentes. Os dados são de uma pesquisa da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) divulgada pela Folha de S. Paulo nesta 3ª feira (22.jul.2025).
O estudo do CIE (Centro Internacional de Equidade em Saúde) mostrou que 20% dos municípios brasileiros apresentam taxas similares às de países pobres. A região Norte concentra os piores índices, com 77,1 nascimentos por mil adolescentes.
Entre meninas de 10 a 14 anos —faixa em que qualquer relação sexual é estupro—, foram registrados 49 mil nascimentos no período.
A pesquisa “Maternidade na adolescência no Brasil: altas taxas de fecundidade e desigualdades marcantes entre municípios e regiões” foi publicada em 21.mar.2025. Os dados vieram do Sinasc (Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos) e do Censo 2022.
Desigualdades regionais
O Norte apresenta a situação mais crítica: 76% dos municípios têm índices de países pobres e 98% superam países de renda média. No Sul, apenas 9,4% dos municípios estão em níveis críticos, com taxa de 35 nascimentos por mil adolescentes.
O Sudeste registra o melhor desempenho: 5,1% dos municípios em situação crítica. Centro-Oeste e Nordeste ficam em posição intermediária, com 32,7% e 30,5% dos municípios em níveis preocupantes, respectivamente.
Comparação internacional
A taxa brasileira é quase o dobro da observada em países de renda similar (24 por mil). Nos países do Brics, o índice máximo é 16,3 por mil. Em nações desenvolvidas, apenas 1 em cada 90 adolescentes se torna mãe.
O estudo utilizou o IBP (Índice Brasileiro de Privação) como parâmetro. O índice avalia domicílios com renda inferior a meio salário mínimo, analfabetismo e acesso a saneamento básico.