As enchentes no Rio Grande do Sul em decorrência do ciclone extratropical causaram a morte de 29.356 animais, entre bovinos de corte e de leite, suínos e aves. O relatório integra um levantamento preliminar da Emater do Estado.
Os dados da entidade também mostram que houve a perda de 370 caixas de abelhas e 35,5 toneladas de peixe. Foram 346 produtores prejudicados. A produção não coletada de leite chegou a 327,3 mil litros, lesando um total de 813 produtores. Houve também perdas nas produções de forragens, que atinge diretamente a produção pecuária.
Ao todo, foram afetados:
- 1.880 hectares de pastagem nativa;
- 10.730 hectares de pastagem cultivada;
- 50 hectares de silagem;
- 35,5 mil pés de eucalipto; e
- 1.022 produtores.
Os dados da Emater são oriundos do sistema da Sisperdas, o qual é abastecido pelos escritórios regionais e municipais da instituição. As enchentes no Rio Grande do Sul atingiram 50 municípios, 665 localidades e 10.787 propriedades.
Ainda segundo o levantamento, a catástrofe afetou 4.456,8 quilômetros de estradas. Houve problemas de escoamento da produção em 197 cidades.
Eis a lista de localidades afetadas:
- 1.192 casas;
- 621 galpões;
- 12 armazéns;
- 116 silos;
- 25 estufas de fumo;
- 25 estufas e túneis plásticos para horticultura;
- 128 açudes;
- 53 aviários; e
- 45 pocilgas.
Segundo a Emater, as precipitações resultaram em “sérias perdas na produção primária”, afetando, sobretudo, as produções de grãos, frutas, olericultura e fumo.
“As perdas se mostraram significativas, com destaque para milho e trigo, que tiveram grandes áreas atingidas e alto volume de produção perdidas”, disse a nota.
Na área de fruticultura também houve perdas. Os cultivos de laranja e uva fora os mais atingidos. O relatório aponta que a olericultura e produção de fumo foram “duramente atingidas, prejudicando muitos produtores”.
Eis o número de produtores atingidos por área:
- 1.616 produtores de grãos;
- 88 da fruticultura;
- 2.691 do fumo; e
- 198 na olericultura.
Número de mortos
Subiu para 43 o número de mortos pelas chuvas intensas que atingiram várias cidades do Rio Grande do Sul. Neste domingo (10.set.2020), boletim da Defesa Civil do Estado divulgado às 7h registrou uma morte na cidade Cruzeiro do Sul (BVMF:CSED3).
O número de desaparecidos segue em 46, sendo: 30 de Muçum, 8 de Lajeado e 8 de Arroio do Meio.
O Estado tem 150.341 pessoas afetadas, 11.642 desalojadas e 3.798 desabrigadas. Para ajudar, o Executivo gaúcho estabeleceu uma chave PIX (CNPJ) de conta bancária para receber as doações de quem deseja auxiliar às vítimas das enchentes.
- PIX para a conta SOS Rio Grande do Sul
- CNPJ: 92.958.800/0001-38
- Banco do Estado do Rio Grande do Sul
O governo declara que os valores irão chegar em um canal oficial e que serão bem aplicados. “Todo o processo passará por auditoria. A conta é do Banrisul (BVMF:BRSR6) e os valores serão geridos em parceria com entidades reconhecidas no trabalho de assistência social e ajuda humanitária, para reduzir a burocracia e acelerar a chegada a quem precisa”, afirma.
As principais necessidades são: kits de higiene pessoal, kits de limpeza, agasalhos, itens de cama e banho e cobertores. Esse material deve ser entregue higienizado nos pontos de coleta.
Locais para entrega de doações
- Central de Doações da Defesa Civil do RS: no Centro Administrativo Fernando Ferrari – avenida Borges de Medeiros, 1.501 – bairro Praia de Belas, Porto Alegre.
- Palácio Piratini: Praça Marechal Deodoro, s/nº, Centro, Porto Alegre;
- Quartéis da Brigada Militar;
- Quartéis do Corpo de Bombeiros Militar;
- Prefeituras municipais;
- Unidades do Sesc.