O preço médio da gasolina chegou à 11ª semana seguida de queda, aponta pesquisa da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) divulgada nesta 6ª feira (10.nov.2023). O valor do litro no país está em R$ 5,63, patamar que não era registrado desde meados de julho.
A gasolina bateu seu recorde do ano na semana encerrada em 26 de agosto: R$ 5,88. Desde então, tem apresentado sucessivas quedas. No acumulado do período, o litro recuou R$ 0,25. A queda foi acelerada pelo reajuste negativo da Petrobras (BVMF:PETR4), aplicado em 21 de outubro, que cortou o preço na refinaria em 4,09%.
Os valores mais altos de revenda de gasolina foram registrados no Acre (média de R$ 6,76), Amazonas (R$ 6,52), Rondônia (R$ 6,48) e Sergipe (R$ 6,09). Os menores foram encontrados no Maranhão (R$ 5,34), Ceará (R$ 5,42), Goiás (R$ 5,43) e Piauí (R$ 5,46).
Por outro lado, o preço do óleo diesel ficou praticamente estável, com pequena variação. Depois de duas semanas em R$ 6,13, a média ficou em R$ 6,12 na última pesquisa. Ainda assim, o combustível mantém os patamares mais altos desde fevereiro.
Os maiores preços do diesel foram registrados no Acre (R$ 7,15), Rondônia (R$ 6,64), Roraima (R$ 6,64) e Pará (R$ 6,60). Os menores em Sergipe (R$ 5,78) e nos Estados da Bahia e do Paraná (média de R$ 5,95 em ambos).
O etanol também manteve trajetória de queda. Foi a 3ª semana de redução nos preços. A média, segundo a pesquisa da ANP, ficou em R$ 3,54, atingindo o menor valor do ano.
Preços internacionais
As recentes quedas nas cotações do barril de petróleo provocaram um cenário inédito desde que a Petrobras inaugurou sua nova política de preços de combustíveis, em maio deste ano. Zerou-se a defasagem e os preços praticados pela estatal internamente estão acima do PPI (Preço de Paridade de Importação), referência no mercado internacional.
Nesta 6ª, segundo análise da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço da gasolina no país está acima das referências internacionais em 3%. No diesel, o valor interno é 7% superior ao PPI. Eis a íntegra do relatório (PDF – 743 kB).
Embora a Petrobras tenha abandonado o PPI como política de precificação, as cotações internacionais ainda têm influência sobre os preços. Até porque cerca de 25% do diesel consumido no Brasil é importado, assim como 15% da gasolina. Caso o barril siga em queda, abre-se caminho para a estatal promover novo corte nos combustíveis.