Depois de os Estados Unidos retirem as sanções ao petróleo da Venezuela, analistas avaliam os possíveis impactos da medida diante da restrição de oferta de países da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que vem afetando os preços. Com subinvestimento crônico ao longo dos anos, a StoneX avalia que a indústria petrolífera venezuelana não tende a facilmente aumentar a produção num grau significativo no curto prazo.
“A flexibilização das restrições a curto prazo não irá quase certamente instigar mais investimento em instalações, pois o risco de não renovação é demasiado grande para as empresas norte-americanas”, aponta, em relatório divulgado aos clientes e ao mercado.
A StoneX demonstra preocupação com a capacidade de elevação da produção e não espera mudanças significativas nos equilíbrios globais no próximo semestre, com possivelmente um adicional de uma média de 70.000 bbd.
“A Venezuela exporta menos de 1% do petróleo marítimo global, apesar de ter as maiores reservas comprovadas de petróleo bruto do mundo”, disse a StoneX. No entanto, como o petróleo venezuelano é mais viscoso, ainda precisa ser misturado com outros óleos mais leves. A StoneX ainda lembra que os problemas operacionais começaram após o antigo presidente Hugo Chávez despediu 18.000 trabalhadores da PDVSA há duas décadas.
Com informações da Investing