Investing.com – No Pro Recap de hoje, fazemos um resumo dos principais balanços da semana, caso você tenha perdido algum: Os grandes destaques foram os números da Meta, Alphabet, Microsoft, Boeing e McDonald's.
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Meta
A Meta (NASDAQ:META) subiu 4,4% na quinta-feira, após divulgar um lucro de US$ 2,98 por ação no segundo trimestre, superando em US$ 0,07 as expectativas do mercado, com uma receita de US$ 32 bilhões, graças a um salto de 12% na receita de publicidade, em comparação com o mesmo período do ano passado.
A empresa controladora do Facebook e Instagram prevê ainda que a receita do terceiro trimestre ficará entre US$ 32 bilhões e US$ 34,5 bilhões, superando o consenso de US$ 31,2 bilhões.
O número de usuários diários ativos (UDAs) do Facebook aumentou 5%, para 2,06 bilhões, enquanto os usuários mensais ativos (UMAs) cresceram 3%, para 3,03 bilhões.
O Morgan Stanley (NYSE:MS) elevou o preço-alvo da Meta em US$ 25, para US$ 375 por ação, ressaltando que as iniciativas de inteligência artificial da companhia continuam gerando maior engajamento, retorno para anunciantes, monetização da plataforma e lucro por ação. E o pipeline de produtos pode ser beneficiado por eventos de IA em setembro.
Os estrategistas do Bernstein elogiaram o crescimento da receita e do fluxo de caixa livre da empresa, afirmando que a Meta tem se destacado em suas expectativas mais ambiciosas e continua construindo para o futuro.
O UBS aumentou o preço-alvo da Meta em US$ 65, para US$ 400, citando a conferência virtual Meta Connect de setembro e os anúncios de IA gerativa como fatores positivos. O BofA (NYSE:BAC) também acredita que os recursos de IA da companhia podem impulsionar o seu múltiplo.
As ações da Meta fecharam o pregão de ontem cotadas a US$ 311,71.
Alphabet
A Alphabet (NASDAQ:GOOGL) também viu suas ações subirem, depois de superar as expectativas do mercado no segundo trimestre, com um lucro de US$ 1,44 por ação e receita de US$ 74,6 bilhões, graças ao crescimento dos negócios com publicidade e do desempenho robusto no setor de nuvem.
Os analistas consultados pelo Investing.com previam um LPA de US$ 1,34 sobre uma receita de US$ 72,82 bilhões.
A receita de publicidade do Google subiu 3,2% para US$ 44,68 bilhões, enquanto o Google Search e outros cresceram 4,8% para $40,69 bilhões. O Google Cloud teve um crescimento de 28% para US$ 8,03 bilhões, superando as estimativas dos analistas.
Bernstein elogiou o desempenho do Google Search e o progresso sólido na área de IA, dizendo: “Foi um bom trimestre. O risco/retorno está equilibrado neste momento, e a companhia segue melhorando o faturamento, sem deixar de fazer grandes investimentos em IA”.
Goldman Sachs (NYSE:GS) elevou o preço-alvo da Alphabet em US$ 12 para US$ 152 por ação, escrevendo:
“Ainda há dúvidas em relação ao impacto da IA nos principais produtos ou estrutura de custo, e continuamos considerando que a Alphabet é uma das líderes com melhor posicionamento para se beneficiar da mudança na computação de consumo/empresarial com o uso de múltiplas plataformas/produtos”.
As ações da companhia saltaram 5,8% na quarta-feira.
Microsoft
A Microsoft (NASDAQ:MSFT) superou as expectativas de resultados no segundo trimestre, mas suas ações recuaram no início do pregão desta sexta-feira, 28, após a diretora-geral financeira da companhia alertar que as despesas de capital devem aumentar, devido à demanda cada vez maior por IA.
“Para o ano fiscal de 2024, o impacto será mais significativo no segundo semestre. Para apoiar o crescimento da Microsoft Cloud e a demanda por nossa plataforma de IA, vamos acelerar os investimentos em nossa infraestrutura em nuvem”, declarou a CFO na apresentação dos resultados.
No segundo trimestre, a Microsoft superou as expectativas com um lucro por ação (LPA) de US$ 2,69, acima do consenso de US$ 2,55, e uma receita de US$ 56,2 bilhões, superior às previsões de US$ 55,44 bilhões.
“As organizações querem saber como e quando poderão aplicar a próxima geração da IA para aproveitar mais oportunidades e enfrentar seus desafios com segurança e responsabilidade”, declarou Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft.
O Bank of America afirma que o ciclo de investimento elevado em IA é “justificável, dado o potencial,” e acrescenta que vê os resultados “como uma confirmação de que a Microsoft está na frente do mercado em IA. “As ofertas baseadas em IA no Azure e no Office devem gerar um aumento significativo na receita e no lucro operacional em escala”, escreveram os estrategistas do banco, em nota.
Analistas do Goldman Sachs acreditam que o debate no curto prazo se concentrará no timing em que esses investimentos mais robustos trarão retorno.
“A história mostra que os aumentos de despesas de capital da Microsoft são resultado da sua maior confiança nos negócios. ...Além disso, a Microsoft está bem posicionada para entregar um crescimento de dois dígitos em receita e lucros, apesar de um aumento nos gastos de capital e de uma diminuição de ~200 pontos-base na margem bruta no ano fiscal de 2024”, escreveram.
As ações da companhia recuaram 3,7% na quarta-feira e mais 2%, a US$ 330,72, na sessão seguinte.
Boeing
Boeing (NYSE:BA) superou as projeções do segundo trimestre, ao mesmo tempo em que anunciou planos para aumentar a produção de seu popular avião 737 MAX.
A empresa reportou um prejuízo de US$ 0,82 por ação na quarta-feira, US$ 0,08 melhor do que o esperado, e a receita de US$ 19,75 bilhões - um crescimento de 18% em relação ao ano anterior - superou facilmente o consenso de US$ 18,49 bilhões, segundo analistas consultados pelo Investing.com. As vendas foram impulsionadas pelo aumento das entregas de seu modelo 787, e o segmento de aviões comerciais da Boeing registrou um aumento de receita de 41% para US$ 8,84 bilhões.
A Boeing também elevou seus planos de produção para o 737 MAX para 38 por mês até o final do ano, indicando uma alta demanda pelas aeronaves, à medida que as companhias aéreas se apressam para atender ao aumento das viagens pós-pandemia.
O BofA melhorou a recomendação da Boeing para compra com base nesses resultados e aumentou o preço-alvo em US$ 75 para US$ 300, argumentando que “o pior ficou para trás” para a empresa “no meio da recuperação comercial pós-covid, com a demanda de passageiros voltando aos níveis anteriores à crise sanitária.”
Os analistas acrescentaram:
“Acreditamos que a demanda é forte o suficiente para que a Boeing continue crescendo, mesmo que mantenha apenas ~40% de participação no mercado de fuselagem estreita. Além disso, acreditamos que o 787 continuará sendo a preferência no mercado de fuselagem larga, mantendo a maior fatia de mercado em comparação com seus concorrentes. Também esperamos uma demanda suficiente para 10 787s por mês nos próximos anos,” escreveram em nota.
As ações da Boeing dispararam 8,7% para US$ 232,80 na quarta-feira.
McDonald's
As ações do McDonald’s (NYSE:MCD) se valorizaram 1,2% para US$ 295,19 na quinta-feira, após o gigante de setor de fast-food superar as expectativas de receita e lucro no segundo trimestre, graças às fortes vendas nas mesmas lojas.
O lucro por ação (LPA) impressionou ao subir 97% para US$ 3,15, superando por larga margem a estimativa média dos analistas de US$ 2,78. As receitas também tiveram um crescimento robusto, aumentando 14% em moeda constante, alcançando US$ 6,5 bilhões, um pouco acima do consenso de US$ 6,29 bilhões.
A empresa informou que as vendas comparáveis globais cresceram 11,7% no trimestre, superando a previsão de Wall Street, que era de um crescimento de 8,88%. Nos Estados Unidos, as vendas comparáveis subiram 10,3%.
As vendas nos EUA foram impulsionadas por aumentos estratégicos nos preços do menu e pelo aumento no número de visitantes, conforme informou a empresa.
“Os resultados do nosso segundo trimestre refletem a execução consistentemente forte da nossa estratégia ‘Accelerating the Arches’”, declarou o CEO, Chris Kempczinski, no comunicado à imprensa. “Apesar dos desafios macroeconômicos globais, continuamos investindo nos impulsionadores de crescimento e na nossa marca.”
Yasin Ebrahim, Senad Karaahmetovic, Scott Kanowsky e Sarina Isaacs contribuíram para esta reportagem.
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