Investing.com – Os investidores repercutem a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), enquanto aguardam novos balanços na temporada de indicadores trimestrais e as tratativas na área fiscal do governo.
A ata do Copom apontou que o ritmo de reduções em meio ponto percentual deve se manter nas próximas reuniões e demonstrou que os membros do Comitê estão preocupados com a situação fiscal.
“Com relação aos próximos passos, os membros do Comitê concordaram unanimemente com a expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões e avaliaram que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário”, destacou o documento.
“O Comitê avalia que a redução das expectativas requer uma atuação firme da autoridade monetária, bem como o contínuo fortalecimento da credibilidade e da reputação tanto das instituições como dos arcabouços fiscal e monetário que compõem a política econômica brasileira”, completou a ata do Copom.
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Enquanto isso, no cenário internacional, na Zona do Euro, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresentou alta de 0,5% em setembro, ao passo que o indicador anual é negativo em 12,4%.
Na China, comércio exterior em foco. As exportações recuaram 6,4% em outubro em relação ao ano anterior, enquanto as importações subiram 3,0%, interrompendo onze meses seguidos de quedas.
Dados da balança comercial americana devem ser anunciados ainda nesta segunda, também repleta de discursos de dirigentes do Federal Reserve, entre os quais Neel Kashkari, que concedeu entrevista ao The Wall Street Journal. Kashkari disse ser muito cedo para declarar vitória sobre a inflação e o risco de apertar ainda mais a política monetária é a melhor opção.
Declarações de Kashkari foram vistas como "hawkish" pelos investidores, penalizando o mercado de ações e favorecendo o dólar. Com isso, às 8h19 (de Brasília), Nasdaq 100 Futuros caía 0,22%, S&P 500 Futuros perdia 0,24% e o Dow Jones Futuros estava em desvalorização de 0,23%.
O ETF EWZ (NYSE:EWZ), que acompanha os resultados de índice composto por ações brasileiras, recuava 0,37% no pré-mercado. O Índice Dólar Futuros, que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas, subia 0,43% a US$ 105,497. Os mercados do Brasil e dos Estados Unidos fecharam em alta ontem, após Treasuries limitarem o efeito de expectativa por um Federal Reserve dovish.
O Petróleo WTI Futuros, referência nos Estados Unidos, registrava perdas de 1,63%, a US$79,50, e o Petróleo Brent Futuros caía 1,77% a US$83,67.
As ADRs da Vale (NYSE:VALE) apresentavam recuo de 1,44%, a US$14,40, e as da Petrobras (NYSE:PBR) diminuição de 0,32%, a US$15,66.
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Notícias do dia
Reforma tributária — A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal deve votar a reforma tributária nesta terça.
Desenrola — O programa criado pelo governo federal Desenrola renegociou R$ 2,1 bilhões em dívidas desde sua criação, há menos de um mês.
Fies — A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil (BVMF:BBAS3) iniciaram ontem as renegociações de dívidas de estudantes com o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
MPEs — Micro e pequenas empresas representaram 71% do total de 1,5 milhão de novos empregos formais gerados no acumulado do ano até fim de setembro, segundo relatório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Agenda do dia
Roberto Campos Neto — Palestra no Fórum de Estratégias de Investimentos, promovido pelo Bradesco (BVMF:BBDC4) Asset Management. Reuniçoes com representantes da AZ Quest, com Joesley Mendonça Batista, acionista da J&F Investimentos, com Marta Diez, CEO da Pfizer (NYSE:PFE) Brasil, com Roberto Sifon-Arevalo, Diretor Executivo e Chefe Analítico Global de Risco Soberano da S&P Global Ratings, com Lara Lemann, General Partner da Maya Capital, com Daniel Lima, Diretor Presidente do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), e com representantes da indústria de cartões e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Luiz Inácio Lula da Silva — Conversa com o presidente, abertura do 6º Brasil Investment Forum (BIF 2023) e reuniões com a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, e com a ministra da Cultura, Margareth Menezes.
Fernando Haddad — Reuniões com Aloizio Mercadante, presidente do BNDES e Ilan Goldfajn, presidente do BID. Abertura do Brasil Investment Forum (BIF 2023) com a participação do Presidente da República.
Notícias corporativas
Petrobras (BVMF:PETR4) — A Unigel busca solução junto à estatal de petróleo para continuar com operações de sua fábrica de fertilizantes nitrogenados em Camaçari (BA).
Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) — A instituição financeira reportou lucro líquido recorrente de R$9,04 bilhões no terceiro trimestre deste ano, uma elevação anual de 11,9%.
Vibra Energia (BVMF:VBBR3) — A distribuidora de combustíveis apresentou lucro líquido de R$1,26 bilhão no terceiro trimestre, revertendo prejuízo de R$61 milhões apurado um ano antes.
Méliuz (BVMF:CASH3) —O Conselho de Administração propôs uma redução de capital de R$210 milhões. A medida ocorreria pelo capital considerado como excessivo, que seria restituído a acionistas.
Gerdau (BVMF:GGBR4) — A Gerdau anunciou lucro líquido ajustado de 1,6 bilhão de reais no terceiro trimestre, queda de 47,3% em comparação com os 3 bilhões de reais apurados no mesmo período do ano passado,
Tim (BVMF:TIMS3) — A Tim, controlada pela europeia Telecom Italia, teve um lucro líquido normalizado de R$724 milhões no 3T23, acréscimo de 53% sobre igual intervalo de 2022.
Americanas (BVMF:AMER3) — A varejista suspendeu o processo de Market Sounding da HNT, para focar na divulgação de balanços e na aprovação do plano de recuperação judicial da empresa.