Investing.com - O mercado futuro dos EUA apontava para uma abertura estável nesta sexta-feira, já que investidores digeriram resultados melhores que o esperado do JP Morgan e aguardavam novos relatórios do Wells Fargo e do Citigroup , enquanto também analisavam para uma leitura sobre a percepção do consumidor dos EUA.
O índice blue chip futuros do Dow ganhava 13 pontos, ou 0,05%, às 08h09, os futuros do S&P 500 avançavam 1 ponto, ou 0,05%, enquanto o índice futuro de tecnologia Nasdaq 100 subia 9 pontos ou 0,12%.
O JP Morgan (NYSE:JPM) divulgou um aumento de 6% nas receitas, que totalizaram US$ 28,39 bilhões, superando estimativas de US$ 27,55 bilhões. O banco também registrou lucro por ação de US$ 2,29, acima do consenso de US$ 2,22. As ações avançavam 0,64%, para US$ 107,54 antes do pregão, às 08h10 desta sexta-feira.
Após os resultados positivos do JP Morgan, o Citigroup (NYSE:C) e o Wells Fargo (NYSE:WFC) acompanharão apresentando seus próprios relatórios aproximadamente às 09h00.
O crescimento dos lucros no segundo trimestre deverá ser de 20,7%, de acordo com dados da Thomson Reuters, em moderação ligeira em relação ao ganho de 26,6% no primeiro trimestre, que foi o mais alto em sete anos, quando os resultados foram impulsionados pelos cortes de impostos.
No entanto, a temporada está sendo obscurecida pelas tensões comerciais e seu impacto sobre os lucros das empresas, com analistas propensos a examinar as declarações de perspectivas para ver se devem ajustar os números para o resto de 2018.
Tensões comerciais permaneciam em foco embora o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, tenha dito na quinta-feira que ele e o governo estão "disponíveis" para discussão, mas a China precisa primeiro concordar com reformas econômicas mais profundas.
O vice-ministro das Relações Exteriores da China, Zhang Jun, disse na sexta-feira que as acusações dos EUA contra a China sobre o comércio são infundadas e que as ações de Washington não são apoiadas pela comunidade internacional.
Ainda em relação ao comércio, Donald Trump, presidente dos EUA, sugeriu que o plano da primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, de sair da União Europeia provavelmente tornaria qualquer tipo de acordo de comércio entre os EUA e a Inglaterra inviável.
"Se eles fizerem um acordo como esse, nós estaremos negociando com a União Europeia, em vez de lidar com o Reino Unido, então isso provavelmente acabará com o acordo", disse Trump na sexta-feira em entrevista ao Sun.
Com relação à economia, investidores irão se concentrar na medida preliminar de julho da percepção do consumidor da Universidade de Michigan, às 11h00.
Os preços de produtos importados e exportados em junho serão divulgados às 09h30.
Ainda nesta sessão, participantes do mercado buscarão indicações sobre a trajetória futura das taxas de juros, com o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, participando de um bate-papo em uma prefeitura, no qual ele responderá às perguntas do público.
Enquanto isso, a cotação do petróleo caía nesta sexta-feira, ampliando o declínio semanal para mais de 4% com os investidores se concentrando nesta semana no retorno do petróleo líbio ao mercado em meio a preocupações com uma guerra comercial China-EUA.
Investidores aguardam os dados semanais de Baker Hughes sobre a produção dos EUA, que serão divulgados na sexta-feira. O número de sondas ativas de extração de petróleo teve aumento de cinco e totalizou 863 na semana passada.
Embora tenha sido o primeiro aumento em três semanas, a contagem de sondas nos EUA, indicador prévio da produção futura, ainda está muito mais alta em comparação ao ano passado, em que 763 sondas estavam ativas, já que empresas de energia continuaram a aumentar a produção em conjunto com os esforços da Opep para reduzir a produção global nos últimos 18 meses.
Já na Europa, as bolsas do continente subiam no pregão perto do meio-dia desta sexta-feira e pareciam preparadas para uma segunda semana de ganhos, já que os temores de uma guerra comercial plena foram mantidos sob controle e otimismo a respeito da próxima temporada de resultados corporativos crescia.
Mais cedo, mercados acionários asiáticos fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, embora o Shanghai Composite tenha permanecido sob pressão pois o superávit comercial chinês com os EUA atingiu um recorde em junho, destacando preocupações sobre como o presidente dos EUA, Donald Trump, reagirá aos dados.