Investing.com - Wall Street abriu com ganhos sólidos nesta segunda-feira, já que investidores respiravam aliviados a respeito de tensões na Síria e se preparavam para uma semana cheia de resultados corporativos.
Às 10h33 em horário local, o Dow Jones ganhava 193 pontos, ou 0,79%, o S&P 500 subia 16 pontos, ou 0,60%, enquanto o Nasdaq Composite apresentava alta de 38 pontos ou 0,54%.
A tensão a respeito da escalada do conflito na Síria parecia diminuir durante o fim de semana após Estados Unidos, França e Reino Unido terem realizado um ataque aéreo contra instalações de armas químicas na Síria em retaliação a um suposto ataque com gás tóxico em Duma no dia 7 de abril.
Embora Vladimir Putin, presidente russo, tenha alertado no domingo que mais ataques à Síria poderiam levar ao "caos em relações internacionais", a declaração feita por Donald Trump, presidente norte-americano, de "missão cumprida" levou participantes do mercado a interpretarem que não há escalada militar imediata iminente.
Com cautela devido a tensões geopolíticas em segundo plano, investidores estavam preparados para a primeira grande semana de resultados do primeiro trimestre, incluindo algumas empresas constituintes do Dow e dezenas do S&P 500.
As projeções de crescimento nos resultados são de 18,5%, de acordo com dados da Thomson Reuters. É o maior em sete anos e os resultados provavelmente foram impulsionados pelos cortes nos impostos feitos por Donald Trump.
À medida que a temporada de resultados começa a acelerar os motores, as primeira empresas constituintes do S&P que divulgaram balanços na semana passada registraram lucro de crescimento de 26,8%, de acordo com The Earnings Scout.
Bank of America (NYSE:BAC) parecia seguir a tendência, já que o segundo maior banco norte-americano em termos de ativos registrou aumento de 34% nos lucros, superando o consenso tanto nas receitas quanto nos lucros. Suas ações avançavam 0,8%.
Netflix (NASDAQ:NFLX) tem divulgação marcada de seus números trimestrais após o fechamento do mercado.
Entre outras empresas importantes, Goldman Sachs (NYSE:GS), IBM (NYSE:IBM), Johnson & Johnson (NYSE:JNJ) e UnitedHealth (NYSE:UNH) divulgarão resultados na terça-feira.
Na quarta-feira, Morgan Stanley (NYSE:MS) e American Express (NYSE:AXP) apresentam seus números.
Philip Morris (NYSE:PM) e Blackstone (NYSE:BX) estarão na pauta de quinta-feira.
Por fim, resultados corporativos de Procter & Gamble (NYSE:PG), General Electric (NYSE:GE) e Honeywell (NYSE:HON) fecham a semana na sexta-feira.
Entre os dados econômicos desta segunda-feira, vendas no varejo tiveram alta de 0,6% em março, superando expectativas de aumento de 0,4%, mas o índice Empire State da atividade industrial em Nova York caiu para 15,8 em abril, não atendendo as expectativas de pequena queda para 18,80 a partir do valor prévio de 22,5.
Ainda nesta segunda-feira, estoques das empresas em fevereiro e o índice do mercado imobiliário da Associação Nacional dos Construtores dos EUA para abril serão divulgados às 11h00.
Os mercados também estarão atentos a aparições dos decisores do Federal Reserve Robert Kaplan, Neel Kashkari e Raphael Bostic, já que buscam indicações sobre a trajetória das taxas de juros.
Futuros do fundo do Fed apostam que há 90% de chances de alta da taxa de juros na reunião de junho, ao passo que o Monitor da Taxa da Reserva Federal do Investing.com mostra que a probabilidade de um terceiro aumento em dezembro está em torno de 84%.
Antes dos outros dados e das aparições públicas de integrantes do Fed nesta segunda-feira, o índice dólar, que mede a força da moeda frente a uma cesta ponderada de seis principais divisas, recuava 0,45% para 89,11 às 10h34, ao passo que o ouro com entrega em junho na divisão Comex da Bolsa Mercantil de Nova York avançava 0,15% para US$ 1.349,90.
Do outro lado do Atlântico, as mais importantes bolsas europeias estavam em leve baixa. Entretanto, o FTSE 100 de Londres estava em queda de cerca de 0,5% com o índice marcado por perdas nas commodities e a libra mais forte.
A cotação do petróleo caía em torno de 1% nesta segunda-feira após ter subido cerca de 8% na semana passada. Investidores optaram por colher lucros após os dados da Baker Hughes, divulgados na sexta-feira, terem mostrado que os exploradores norte-americanos acrescentaram sete sondas de petróleo na semana encerrada em 13 de abril, levando a contagem total para 815, o maior número desde março de 2015. Os dados ressaltaram as preocupações de que o aumento da produção norte-americana possivelmente afetaria esforços da Opep para acabar com o excesso de oferta.
Contratos futuros de petróleo bruto nos EUA caíam 1,44%, atingindo US$ 66,42 às 10h36, enquanto o petróleo Brent tinha queda de 1,32%, com o barril negociado a US$ 71,62.