Por Ana Julia Mezzadri
Investing.com - Considerando as mudanças no cenário do Brasil e internacional, o Morgan Stanley (NYSE:MS) (SA:MSBR34) passou a apostar em ações cíclicas voltadas ao mercado doméstico em sua estratégia de investimentos para o país, acreditando que os papéis de crescimento secular devem continuar a sofrer com a alta dos rendimentos dos títulos dos EUA.
As ações cíclicas, por outro lado, devem se beneficiar de um real mais estável e de um crescimento mais forte no segundo semestre. Mais especificamente, estes papéis devem ser ajudados pelo início de um novo ciclo de aperto monetário em 17 de março, que deve melhorar a equação de risco e retorno para o real; pelo crescimento econômico global; e pelo crescimento local com a aceleração da campanha de vacinação.
Os principais riscos para essas ações, por outro lado, são relacionados ao crescimento global, a políticas monetárias e fiscais no Brasil, ao processo de vacinação contra a Covid-19 e à eleição presidencial de 2022.
Nesse sentido, o banco aponta como suas preferidas a Azul (SA:AZUL4), a CCR (SA:CCRO3) e a Cyrela (SA:CYRE3). No fechamento desta quarta-feira (10), AZUL4 tinha alta de 6,56%, a R$ 38,34, seguido de CCRO3, que subia 4,22%, a R$ 11,69; e de CYRE3, que ganhava 2,48%, a R$ 22,70. O Ibovespa também terminou o dia no verde, em alta de 1,3%, aos 112.776 pontos.
Apesar de ter as ações cíclicas como principal aposta, o Morgan defende também manter ações em empresas ligadas a commodities como Vale (SA:VALE3), Gerdau (SA:GGBR4) e Suzano (SA:SUZB3). Essas, por sua vez, terminaram o dia em baixa de 1,54%, a R$ 97,15; 1,32%, a R$ 26,97; e 5,46%, a R$ 74,86, respectivamente.