Investing.com — Analistas do Morgan Stanley destacaram, em nota nesta sexta-feira, que as ações da Boeing (BVMF:BOEI34) (NYSE:BA) enfrentam maior risco de queda após a votação de greve pelo sindicato da International Association of Machinists (IAM) Local 751.
O sindicato rejeitou o contrato de trabalho proposto pela Boeing, prolongando uma paralisação que ameaça complicar as operações e a posição financeira da empresa.
“O sindicato IAM 751 votou contra o novo contrato de trabalho,” observou o Morgan Stanley (BVMF:MSBR34) (NYSE:MS), acrescentando: “Esperamos que as ações da Boeing reajam negativamente.”
Os analistas acreditam que o sentimento dos investidores pode piorar, com preocupações crescentes sobre possíveis saídas de caixa, atrasos na normalização da cadeia de suprimentos e uma possível captação de capital.
Embora reiterem o preço-alvo de US$ 170 e mantenham a classificação "equal-weight" (neutra) para a ação, reconhecem que o cenário pessimista pode derrubar a ação para US$ 110, caso a greve persista até o final do ano.
Desde o anúncio da paralisação, a ação tem se mantido próxima de US$ 150, um nível que o Morgan Stanley alerta que pode ser rompido com a continuidade das interrupções trabalhistas.
O Morgan Stanley também aponta três riscos principais ligados aos desafios atuais da Boeing: a incerteza em torno da resolução trabalhista, a possibilidade de uma captação de capital e as interrupções na cadeia de suprimentos.
“A greve prolongada provavelmente aumenta as pressões sobre a cadeia de suprimentos,” adverte o banco, enfatizando que os atrasos nos cronogramas de produção podem impactar ainda mais as ações.
O otimismo dos investidores sobre a recuperação da Boeing pode se dissipar, segundo o Morgan Stanley, pois “a maior incerteza em torno das saídas de caixa” complica o cronograma para normalização do fluxo de caixa livre.
Embora o Morgan Stanley não esteja rebaixando as ações da Boeing neste momento, os analistas reforçam que a greve trabalhista traz riscos de curto prazo que os investidores precisarão acompanhar de perto.