XANGAI (Reuters) - As ações da China registraram a maior queda em mais de dois meses nesta terça-feira, uma vez que as tensões entre Washington e Pequim aumentaram com a notícia de que a presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, visitaria Taiwan.
Pelosi, que iniciou uma viagem à Ásia na segunda-feira em Cingapura, iria passar a noite de terça-feira em Taiwan, disseram três fontes, com os Estados Unidos afirmando que não se intimidaria com as ameaças chinesas de que seus militares nunca "ficarão de braços cruzados" se ela visitar a ilha autogovernada reivindicada por Pequim.
A notícia foi suficiente para perturbar os mercados financeiros, já abalados pela guerra na Ucrânia, pelo aumento da inflação e dos custos de empréstimos globais. Os investidores são extremamente sensíveis a qualquer tensão entre China e EUA, já que ambos os países permanecem em conflito em questões que vão do comércio à tecnologia e aos direitos humanos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou com queda de 1,95%, enquanto o índice de Xangai caiu 2,26%. O índice de Hong Kong Hang Seng, por sua vez, teve baixa de 2,36%.
As ações caíram em todos os setores, com as incorporadoras imobiliárias, saúde, recursos básicos e ações de nova energia perdendo mais de 2%.
Em TÓQUIO, o índice Nikkei recuou 1,42%, a 27.594 pontos.
Em HONG KONG, o índice HANG SENG caiu 2,36%, a 19.689 pontos.
Em XANGAI, o índice SSEC perdeu 2,26%, a 3.186 pontos.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em XANGAI e SHENZHEN, retrocedeu 1,95%, a 4.107 pontos.
Em SEUL, o índice KOSPI teve desvalorização de 0,52%, a 2.439 pontos.
Em TAIWAN, o índice TAIEX registrou baixa de 1,56%, a 14.747 pontos.
Em CINGAPURA, o índice STRAITS TIMES valorizou-se 0,01%, a 3.239 pontos.
Em SYDNEY o índice S&P/ASX 200 avançou 0,07%, a 6.998 pontos.