Por Dhirendra Tripathi
Investing.com – As ADRs da Didi Global (NYSE:DIDI) voltara a recuar nesta terça-feira (28) em meio à conclusão de um bloqueio das ações pós-listagem ter derrubado o ativo para uma mínima recorde de US$ 5,29 no pregão anterior. Os papéis chegaram a se recuperar hoje no pré-mercado, mas renovou as mínimas ao cair 1,42% a US$ 5,22 às 14h42.
A empresa de mobilidade urbana, que estreou na NYSE em 30 de junho, e seus apoiadores, dentre os quais Softbank (T:9984) e Uber (NYSE:UBER) (SA:U1BE34), foram impedidos de vender suas ações até o final do período de 180 dias de bloqueio, com base na data do prospecto da sua listagem, dia 29 de junho.
A proibição da empresa de que seus funcionários vendam suas ações até sua listagem em Hong Kong – publicada pela primeira vez pelo Financial Times – também afetou as ações na segunda-feira. Há outro fator subjacente a essa queda que também impactou outras ações chinesas – que as autoridades chinesas estão trazendo novas regras a fim de restringir novas aberturas de capital no exterior com restrições a investimentos estrangeiros.
Em sua breve jornada desde seu IPO, as ações da Didi foram negociadas abaixo do seu preço de emissão de US$ 14 desde a sua estreia na bolsa, enquanto a empresa enfrentava escrutínio por parte dos reguladores. O ativo fechou a US$ 5,30 na quinta-feira.
A Didi teve de suportar o fardo da ira das autoridades chinesas por ignorar suas orientações para adiar seu IPO, enquanto aguardava uma análise das suas práticas de processamento de dados. A decisão não foi bem aceita pelos reguladores chineses, que passaram a solicitar que a empresa deixasse de cadastrar novos usuários, ao mesmo tempo em que ordenaram que lojas online removessem os aplicativos da empresa de suas plataformas.
O destino dos investidores foi selado quando a empresa decidiu, no início deste mês, sair da NYSE e fazer sua listagem em Hong Kong. A Didi afirmou que irá garantir que suas ações listadas na NYSE seja convertíveis em ações negociáveis em outra bolsa de valores.