Investing.com – As ações da Shell (LON:SHEL) subiam no pré-mercado após a empresa divulgar fortes resultados do terceiro trimestre, com lucros superiores às expectativas dos analistas.
O lucro líquido da Shell foi de US$ 6 bilhões, superando as estimativas de consenso de US$ 5,4 bilhões, puxado pelo desempenho robusto nos negócios de upstream e gás integrado, segundo analistas do UBS e RBC Capital.
A empresa manteve seu programa de recompra de ações de US$ 3,5 bilhões, reforçando a confiança dos investidores na estratégia de retorno de capital da Shell.
Os lucros ajustados foram de US$ 6,03 bilhões, uma queda de 4% em relação ao ano passado, mas favorecidos por volumes mais altos de gás integrado e efeitos fiscais positivos, o que ajudou a compensar margens mais baixas de refino e preços de petróleo reduzidos.
O EBITDA ajustado foi de US$ 16 bilhões, acima do consenso, e o fluxo de caixa operacional atingiu US$ 12 bilhões, em linha com as expectativas.
O UBS observou que o desempenho mais forte do que o esperado na divisão de upstream superou o consenso em 10%.
Além dos sólidos lucros, a Shell reduziu sua previsão de gastos de capital para 2024 para menos de US$ 22 bilhões, uma medida que a RBC Capital vê como positiva para os fluxos de caixa futuros.
A dívida líquida caiu para US$ 35,2 bilhões, ante US$ 38,3 bilhões, reduzindo o índice de endividamento para 15,7%, frente aos 17% do trimestre anterior, o que a RBC Capital destacou como um sinal positivo da resiliência financeira da Shell.
Para o próximo trimestre, a Shell prevê uma produção maior de gás integrado, de aproximadamente 900 a 960 mil barris de óleo equivalente por dia, e volumes de liquefação de GNL entre 6,9 e 7,5 milhões de toneladas. A empresa afirmou que continuará a priorizar disciplina de capital.
A RBC afirmou em nota que o programa de recompra de ações e a distribuição de dividendos da Shell continuam bem sustentados por seu “balanço robusto”.
Com os resultados do terceiro trimestre superando as expectativas de muitos analistas, a RBC Capital classificou o desempenho como “mais um conjunto forte de números”.