Por Gabriel Codas
Investing.com - As ações da Suzano (SA:SUZB3) apresentam volatilidade na primeira hora de negociação da sessão desta quinta-feira nesta terça-feira. Após abrir em queda chegando a mínima de R$ 39,05, as negociações do papel foram inibidas pela B3 às 10h13.
O retorno das negociações das ações impulsionaram seu preço até a máxima de R$ 41,30, mas voltando a ficar abaixo de R$ 41,00, em dia de forte nervosismo nos principais índices mundiais devido ao aumento do número de casos e morte por Covid-19 - nome oficial do novo coronavírus - após nova metodologia de contagem de ocorrências da doença.
Por volta das 10h50, os ativos da Suzano (SA:SUZB3) avançavam 1,08% a R$ 40,43.
Na noite de ontem, a companhia divulgou lucro líquido de quarto trimestre de 2019 dentro do esperado pelo mercado, uma queda de 61% sobre o mesmo período do ano anterior gerada pela baixa do preço da celulose. A companhia, que também produz papel, teve lucro líquido de R$ 1,175 bilhão de outubro a dezembro, ante expectativa média de analistas compilada pela Refinitiv de R$ 1,77 bilhão.
Já o resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado, foi de 2,465 bilhões de reais, também próximo à média das previsões, de 2,439 bilhões.
Na comparação com o quarto trimestre de 2018, o Ebitda da Suzano (SA:SUZB3) mostrou queda de 31%. “A redução é explicada, principalmente pelo menor preço líquido da celulose em dólares (36%)”, disse a Suzano no balanço.
Para a XP Investimentos, a Suzano (SA:SUZB3) teve operacionalmente volumes melhores do que o esperado tanto em papel quanto em celulose e custo caixa em níveis relativamente saudáveis, que contribuíram para um resultado acima das expectativas da corretora.
Do lado negativo, os analistas seguem monitorando a alavancagem em nível elevado: Dívida Líquida/EBITDA atingiu 5x (vs. 4,7x no terceiro trimestre), com impactos de um dólar médio mais alto no período. Eles esperam por uma reação positiva para Suzano (SA:SUZB3), que tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$45/ação.
O BTG Pactual (SA:BPAC11) mantém a recomendação de compra, apesar do momento desafiador no curto prazo. Para os analistas, o preço das ações da Suzano (SA:SUZB3) estão em uma reversão permanente dos preços da celulose para os custos marginais de produção (cerca US $ 530 por tonelada), o que, na opinião desses, parece um pouco exagerado.
A equipe acredita que as ações da Suzano (SA:SUZB3) estão subvalorizadas (com base no DCF normalizado) e que os investidores estão descontando mal os benefícios do negócio da Fibria (SA:FIBR3).