Por Tom Polansek e Praveen Paramasivam
(Reuters) - A Tyson Foods (NYSE:TSN) reportou nesta quinta-feira vendas abaixo do esperado no primeiro trimestre do ano fiscal, em meio à fraca demanda de restaurantes por carne durante a pandemia de coronavírus, o que fez com que as ações da empresa recuassem até 7,5%.
A maior companhia de carnes dos Estados Unidos em termos de vendas espera que a demanda melhore, já que as vacinações contra a Covid-19 levam as pessoas a comer fora de casa com mais frequência. Até agora, porém, o aumento das vendas em supermercados não foi suficiente para compensar a queda vista nos negócios envolvendo restaurantes.
Os papéis da companhia recuavam cerca de 6%, a 65 dólares, por volta de 14h30 (horário de Brasília).
O volume total de vendas da Tyson no trimestre caiu 4,4% ante igual período do ano anterior, incluindo um recuo de 7% na carne de frango, segundo a empresa. A companhia enfrenta desafios adicionais devido ao aumento dos custos com milho e soja, que são utilizados para ração animal, e a uma escassez de caminhoneiros, disseram executivos.
Nesta semana, os contratos futuros do milho negociados em Chicago alcançaram o mais alto nível desde junho de 2013, uma vez que a forte demanda por exportações deve drenar os estoques norte-americanos para o menor patamar em sete anos.
"A mudança nos preços dos grãos foi simplesmente enorme, e isso vai pesar sobre os negócios", disse o diretor financeiro da companhia, Stewart Glendinning, em conferência com analistas.
Os preços mais altos das carnes suína e de frango ajudaram a compensar as quedas nos volumes de vendas, de acordo com a Tyson. As vendas somaram 10,46 bilhões de dólares no trimestre, queda de cerca de 3%, ficando abaixo da estimativa de 10,84 bilhões de dólares da Refinitiv IBES.
O lucro líquido atribuível à Tyson recuou quase 8%, para 467 milhões de dólares --ou 1,28 dólar por ação--, no trimestre encerrado em 2 de janeiro. Excluindo itens, o lucro atingiu 1,94 dólar por ação, superando com facilidade as expectativas de 1,49 dólar.
(Reportagem de Praveen Paramasivam, em Bangalore, e Tom Polansek, em Chicago)