Ações de empresas brasileiras recuam nos EUA em negociações pré-abertura após tarifa de Trump

Publicado 10.07.2025, 08:19
Atualizado 10.07.2025, 08:20
© Reuters. Painel eletrônico na B3, em São Paulon06/07/2023nREUTERS/Amanda Perobelli

LONDRES (Reuters) - Ações de empresas e bancos brasileiros listados nos Estados Unidos registravam queda nas negociações pré-abertura desta quinta-feira, antes do que deve ser uma sessão turbulenta para os ativos do Brasil após a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de impor tarifas de 50% ao país.

Indicadores de volatilidade cambial estavam em suas máximas desde o pânico do "Dia da Libertação" em abril, depois que o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento saltou mais de 2% ante o real na quarta-feira em reação ao que o Deutsche Bank descreveu como uma escalada das tensões.

Nos EUA, Itaú Unibanco (BVMF:ITUB4) tinha queda de 2,7%, Santander (BVMF:SANB11) caía 2,4% e Petrobras (BVMF:PETR4) recuava quase 1% antes da abertura.

Graham Stock, da RBC BlueBay Asset Management, disse que o raciocínio de Trump para o nível de 50% está centrado em suas queixas em torno do tratamento recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que está sendo julgado sob acusação de planejar um golpe de Estado, bem como em ações judiciais contra empresas de mídia social dos EUA.

"As implicações econômicas são, no entanto, bastante modestas", disse Stock, já que pouco mais de 10% das exportações do Brasil vão para os EUA.

"O risco é que o presidente Lula procure explorar seu desafio à interferência dos EUA como um distintivo de honra no período que antecede as eleições de outubro de 2026, caso em que a redução da escalada se torna menos provável", disse ele.

A decisão de quarta-feira de Trump se seguiu a uma ameaça na segunda de impor uma tarifa adicional de 10% sobre o grupo Brics, que ele chamou de "antiamericano".

As tarifas sobre o Brasil podem ter um impacto significativo sobre os preços dos alimentos nos EUA.

Cerca de um terço do café consumido nos EUA, o maior consumidor global da bebida, vem do Brasil, assim como mais da metade de todo o suco de laranja vendido nos EUA.

(Reportagem de Marc Jones)

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