Ação da B3 escolhida por IA tem alta acumulada acima de 11% desde março
Investing.com – Os principais índices de ações dos EUA apresentavam sinais mistos nesta quarta-feira, tentando recuperar parte das perdas recentes, após rumores de um possível compromisso sobre as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump às importações de países vizinhos.
Às 13h de Brasília, o Dow Jones Industrial Average subia 0,15%, enquanto o S&P 500 recuava 0,11%. Já o NASDAQ Composite recuava 0,6%
Os principais índices americanos sofreram fortes quedas nas últimas duas sessões, com o Nasdaq – que concentra empresas de tecnologia – se aproximando do território de correção. O movimento foi impulsionado pela imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá e de 20% sobre bens chineses, medida que gerou represálias imediatas por parte dos países afetados.
Trump sinaliza abertura para negociação com Canadá e México
O sentimento do mercado melhorou após o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, afirmar em entrevista à Fox Business que o presidente Trump estaria disposto a "encontrar um meio-termo" com Canadá e México sobre as tarifas recém-implementadas.
A declaração sugere a possibilidade de negociações para reduzir as tensões comerciais, que aumentaram desde a entrada em vigor das tarifas na terça-feira.
Os novos tributos, que incluem uma tarifa de 25% sobre importações do Canadá e México e um aumento para 20% sobre produtos chineses, geraram preocupações sobre o impacto no crescimento econômico e na inflação dos EUA, que já se encontra em patamar elevado.
Apesar disso, Trump manteve seu posicionamento firme ao defender as tarifas contra os maiores parceiros comerciais dos EUA durante um discurso ao Congresso na noite de terça-feira.
"Fomos explorados por décadas e não permitiremos que isso continue", declarou Trump. "As tarifas são sobre tornar a América rica novamente, tornar a América grande novamente."
Mercados monitoram dados do PMI de serviços
Indicadores recentes apontam para um enfraquecimento da confiança do consumidor. Nesse contexto, investidores estão atentos aos dados sobre a atividade do setor de serviços nos EUA, considerado um dos pilares da economia americana.
MAIS DETALHES: Setor de serviços dos EUA cresce em fevereiro; aumento dos preços acelera
Nesta semana, um outro dado do ISM revelou uma queda na atividade industrial, embora o índice tenha se mantido ligeiramente acima da marca de 50 pontos – que indica expansão. Contudo, um subíndice de preços industriais atingiu o maior nível em três anos, enquanto as novas encomendas recuaram, refletindo a preocupação das empresas com o ambiente de negócios instável causado pelas tarifas.
Além disso, dados divulgados nesta quarta-feira apontam que a criação de empregos no setor privado dos EUA atingiu o menor ritmo em sete meses. O relatório ADP indicou um aumento de apenas 77.000 postos de trabalho no mês passado – a menor variação desde julho de 2024 –, após uma revisão para cima no dado de janeiro, que registrou 186.000 novos empregos.
Riscos para os resultados corporativos
Embora os balanços das empresas tenham mostrado resultados positivos no último trimestre de 2024, a Capital Economics alertou para o aumento dos riscos aos mercados financeiros dos EUA.
"O otimismo em torno do ‘Trump trade’ e da economia americana como um todo perdeu força rapidamente," destacou a consultoria.
Dados econômicos mais fracos, incerteza na política comercial e um cenário de menor confiança entre empresas, consumidores e investidores criam um ambiente desafiador para os mercados acionários.
Movimentação de ações
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CrowdStrike (NASDAQ:CRWD) caÍa 8% após a empresa de cibersegurança divulgar uma previsão de receita para o primeiro trimestre abaixo do esperado, reflexo da menor demanda por seus produtos.
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Campbell Soup Company (NYSE:CPB) recuava 3% depois de reduzir suas projeções de receita e lucro para o ano, sinalizando um ambiente competitivo mais acirrado no setor de alimentos processados, especialmente diante da concorrência com marcas próprias mais baratas.
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Foot Locker Inc (NYSE:FL) disparava mais de 8% após divulgar resultados acima das expectativas para o quarto trimestre do ano fiscal de 2025, incluindo um sólido crescimento nas vendas comparáveis.
Queda no preço do petróleo
Os preços do petróleo registram forte retração nesta quarta-feira, sendo negociados nos menores níveis em cinco meses, em meio à decisão dos principais produtores globais de elevar a produção a partir de abril e às preocupações com os impactos de uma possível guerra comercial global.
Às 13h de Brasília, os contratos futuros do petróleo WTI (WTI) recuavam 3,68%, sendo negociados a US$ 65,62 por barril, enquanto o Brent caía 3,10%, para US$ 68,83 por barril, próximo das mínimas da semana.
O mercado de petróleo tem sido pressionado pela decisão da Opep+, grupo que inclui países-membros da Opep e aliados como a Rússia, de seguir adiante com o aumento planejado da produção em abril. Além disso, o impacto das tarifas dos EUA sobre Canadá, México e China adiciona mais incertezas ao cenário global.
(Ayushman Ojha contribuiu para esta matéria.)