As ações com altos custos de mão de obra estão posicionadas para se beneficiar à medida que o crescimento salarial desacelera, proporcionando um impulso às margens de lucro, de acordo com a Goldman Sachs.
Segundo a análise recente do banco, o crescimento salarial no mercado de trabalho dos EUA desacelerou para 3,9%, abaixo do pico de 6% em agosto de 2022, e projeta-se que se estabilize até 2026.
Esse alívio nas pressões salariais ocorre à medida que o mercado de trabalho se reequilibra, e menos empresas relatam escassez de mão de obra durante as teleconferências de resultados. A Goldman observa que um "mercado de trabalho mais flexível" é apoiado tanto por dados macroeconômicos quanto por comentários corporativos, com a parcela de empresas do S&P 500 discutindo escassez de mão de obra agora em seu nível mais baixo desde 2019.
O banco também destaca que os custos trabalhistas atualmente representam 12% das receitas totais para o índice S&P 500 agregado e 14% para a ação mediana. Estima-se que uma mudança de 100 pontos base nos custos trabalhistas impactaria o lucro por ação (LPA) do S&P 500 em 0,7%, com alguns setores sendo mais sensíveis que outros.
O setor de Bens de Consumo Básico, por exemplo, com custos trabalhistas representando 9% das receitas e margens EBIT relativamente baixas, poderia ver um aumento de 1,0% no LPA se o crescimento salarial continuar a desacelerar. Enquanto isso, o setor de Tecnologia da Informação, apesar dos custos trabalhistas representarem 18% das vendas, experimentaria apenas um aumento de 0,5% no LPA devido às suas margens EBIT mais altas de 32%.
Além disso, a Goldman reflete sobre o desempenho recente do mercado de ações sensíveis aos custos trabalhistas. Sua cesta neutra em termos setoriais de ações do S&P 500 com os custos trabalhistas mais altos superou sua contraparte de baixo custo trabalhista em 70 pontos base desde o início do ano, com o maior desempenho superior ocorrendo desde julho.
Isso "sugere que os investidores estão confiantes de que as pressões salariais sobre os lucros das empresas continuarão a diminuir", afirma a nota.
"As ações com alto custo de mão de obra devem continuar a superar as ações com baixo custo de mão de obra à medida que o crescimento salarial continua a desacelerar", acrescentaram os analistas da Goldman Sachs.
O banco prevê que o crescimento salarial cairá para cerca de 3% e permanecerá estável até 2026. Riscos de baixa no mercado de trabalho poderiam reduzir ainda mais as pressões salariais.
Atualmente, as ações com alto custo de mão de obra são negociadas apenas a uma avaliação preço/lucro (P/L) ligeiramente mais alta do que as ações com baixo custo de mão de obra, e a Goldman observa que as avaliações não têm sido um forte preditor de retornos futuros.
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