2 ações disparam +59%, 4 sobem +25% em agosto; como este modelo de IA identifica?
Investing.com – O Morgan Stanley (NYSE:MS) considera o acordo entre o Google Cloud e a OpenAI como um marco relevante por dois fatores centrais, indicando confiança da Alphabet (NASDAQ:GOOGL) em sua posição estratégica de longo prazo no setor de buscas.
Segundo os analistas, a possível parceria entre Google Cloud e OpenAI é “notável” tanto pelas implicações sobre o crescimento da divisão de nuvem quanto pelo sinal que transmite sobre a confiança da GOOGL em seu posicionamento no mercado de buscas frente à ascensão de aplicações baseadas em IA generativa.
O acordo, que ainda não teve seus termos formalmente detalhados, permitiria à OpenAI acessar a infraestrutura do Google Cloud para expandir sua capacidade computacional — uma medida que ocorre paralelamente à estratégia da empresa de diversificar sua base de infraestrutura além da Microsoft (NASDAQ:MSFT).
Embora não tenha sido confirmada a arquitetura de chips que será utilizada — se TPUs (unidades de processamento tensorial) ou GPUs — o Morgan Stanley avalia que o mais provável é o uso das GPUs da própria GOOGL, visando consistência operacional. Ainda assim, o eventual uso de TPUs seria interpretado como um indicativo ainda mais favorável à diferenciação tecnológica da companhia.
O primeiro ponto destacado pelo banco é o potencial impacto positivo da parceria para o desempenho do Google Cloud — uma contribuição que, segundo os analistas, ainda não estaria devidamente precificada pelo mercado.
“A adição de um cliente de peso como a OpenAI representa um ganho relevante e com potencial material para o negócio de nuvem da GOOGL”, observou o relatório. A expectativa é que a demanda por capacidade aumente de forma progressiva, especialmente com a intensificação da fase de inferência dos modelos de GenAI, o que pode reforçar ainda mais o crescimento futuro da divisão.
O segundo aspecto mencionado refere-se à mensagem implícita sobre a posição da GOOGL no mercado de buscas. O banco aponta que, se a companhia estivesse preocupada com uma eventual disrupção provocada pelo ChatGPT sobre sua principal fonte de receita, dificilmente concederia acesso à sua infraestrutura de nuvem.
“Se a capacidade computacional é um diferencial competitivo essencial para escalar produtos baseados em GenAI para centenas de milhões de usuários, faria sentido que a GOOGL aceitasse fornecer esse suporte ao ChatGPT se enxergasse risco real à sustentabilidade de seu negócio de buscas?”, provocam os analistas.
A avaliação do Morgan Stanley é de que a Alphabet tem informações internas mais precisas sobre a solidez do seu core business do que qualquer agente externo. Diante disso, o banco manteve sua recomendação acima da média para as ações da empresa.