SÃO PAULO (Reuters) - A Archer Daniels Midland (ADM), uma das maiores companhia do agronegócio do mundo, informou nesta segunda-feira que um navio carregado partiu pela primeira vez de seu terminal em Barcarena, perto de Belém (PA), o que expande a capacidade logística da empresa na exportação de grãos a partir do Brasil.
"Esse terminal posiciona a ADM a continuar nosso crescimento juntamente com o crescimento produção agrícola do Brasil, particularmente nas regiões altamente produtivas do norte e oeste do país", disse o presidente da ADM na América do Sul, Valmor Schaffer, em nota.
O terminal portuário, com capacidade para movimentar cerca de 1,5 milhão de toneladas anuais nesta primeira fase de operação, havia recebido aprovação da Receita Federal ao final de julho.
A empresa espera aumentar a capacidade do terminal para 6 milhões de toneladas de grãos até 2016, segundo comunicado.
As cargas deverão chegar principalmente por barcaças provenientes de Porto Velho (RO), operadas por parceiros.
A empresa também está finalizando projetos de terminais no distrito de Miritituba --no município de Itaituba (PA), para escoar grãos pelos rios Tapajós e Amazonas--, e em Marabá (PA), para utilizar a hidrovia do rio Tocantins.
No início deste ano, outra grande trading, a Bunge, realizou a primeira exportação de soja transportada pelo eixo logístico entre Miritituba e Barcarena, que recebe grãos de Mato Grosso por meio da BR-163 e aproveita um longo trecho de hidrovias para baratear os custos logísticos.
Mais de uma dezena de empresas do agronegócio e de logística se prepara para instalar terminais de transbordo na região de Miritituba, buscando aproveitar as possibilidades da rota que encurta o caminho entre a região central do Brasil e os portos de exportação ao norte, evitando longos e caros deslocamentos até os terminais do Sul e do Sudeste, como Santos (SP) e Paranaguá (PR).