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(Reuters) - A Archer-Daniels-Midland registrou seu menor lucro em um segundo trimestre em cinco anos, segundo divulgação nesta terça-feira, com a turbulência comercial nos EUA e a incerteza em torno das políticas de biocombustíveis desacelerando as vendas e reduzindo as margens de comercialização e processamento de safras.
A empresa alertou que os lucros do ano de 2025 cairiam para o menor nível desde 2020, após um primeiro semestre fraco e em meio aos desafios contínuos no comércio global.
A ADM, com sede nos EUA, está se preparando para o impacto das tarifas abrangentes do presidente Donald Trump sobre a maioria das importações, bem como para qualquer retaliação comercial que frequentemente visa produtos agrícolas.
A ADM e suas concorrentes do agronegócio, incluindo Bunge (NYSE:BG) e Cargill, viram seus lucros diminuírem nos últimos trimestres devido à ampla oferta global de safras e à redução das margens.
As ameaças tarifárias do presidente dos EUA e a mudança nos prazos de pagamento de impostos alimentaram ainda mais o caos para comerciantes globais de grãos como a ADM.
A incerteza em relação à política de biocombustíveis dos EUA prejudicou a demanda por matérias-primas para energia verde, como milho e óleo de soja, embora a ADM tenha afirmado que os aumentos propostos para a mistura de biocombustíveis nos EUA devem ser favoráveis a partir do quarto trimestre.
A ADM afirmou que espera um lucro anual ajustado de cerca de US$4,00 por ação em 2025, em comparação com a projeção anterior de US$4,00 a US$ 4,75 por ação, o menor em cinco anos.
O lucro de Serviços Agrícolas e Oleaginosas, o maior segmento da empresa, caiu 7%, para US$113 milhões no trimestre reportado, pressionado por margens menores. A divisão abriga as operações globais de comercialização, transporte e armazenamento de safras e processamento de oleaginosas da empresa.
O lucro em sua unidade de originação e esmagamento de grãos, que obtém grãos de produtores e os processa para alimentação, ração animal e outros usos, caiu 75%, para US$33 milhões.
A ADM, com sede em Chicago, reportou lucro líquido ajustado de US$452 milhões, ou US$0,93 por ação, no trimestre encerrado em 30 de junho, abaixo dos US$508 milhões, ou US$ 1,03 por ação, do mesmo período do ano anterior. Analistas, em média, esperavam lucro por ação de US$0,83, de acordo com dados compilados pela LSEG.
(Reportagem de Karl Plume em Chicago e Katha Kalia em Bengaluru)