🥇 Primeira regra do investimento? Saiba economizar! Até 55% de desconto no InvestingPro antes da BLACK FRIDAYGARANTA JÁ SUA OFERTA

AGU entra com ação contra Enel SP e cobra indenização que pode superar R$1 bi

Publicado 08.11.2024, 10:20
Atualizado 08.11.2024, 13:38
© Reuters. Vista do bairro do Morumbi em meio à falta de energia elétrica em São Paulon06/11/2023 REUTERS/Camila Moreira
ENEI
-

Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) -A Advocacia-Geral da União (AGU) entrou nesta sexta-feira com uma ação civil pública contra a distribuidora de energia Enel (BIT:ENEI) São Paulo devido ao apagão ocorrido em outubro, cobrando indenizações a consumidores afetados que podem somar mais de 1 bilhão de reais.

Na ação apresentada à Justiça Federal de São Paulo, a AGU sustenta que houve demora excessiva da concessionária em restabelecer os serviços a consumidores da região metropolitana paulista após um forte temporal no mês passado, que interrompeu o fornecimento de energia a 3,1 milhões de clientes, com os trabalhos para recomposição completa tendo demorado cinco dias.

O órgão do governo federal defende que evento climático mais severo nesta época do ano é "recorrente, provável e previsível", de forma que a distribuidora de energia teria obrigação de se preparar para enfrentá-los.

Em nota, a Enel afirmou que reforça o compromisso com seus clientes e reiterou que tem realizado "fortes investimentos" para melhorar os serviços prestados, tendo elevado o patamar de recursos destinados anualmente para a distribuidora paulista desde que entrou na concessão, em 2018.

A companhia elétrica disse que o vendaval em 11 de outubro, com rajadas de até 107,6 km/h, foi o mais forte registrado na região metropolitana de São Paulo nos últimos 30 anos, o que levou a danos na rede elétrica, que teve que ser inteiramente reconstruída em alguns trechos.

A Enel afirmou ainda que a distribuidora paulista vem melhorando seus indicadores de qualidade dos serviços, e que os investimentos realizados nos últimos cinco anos são superiores ao lucro líquido registrado no período. De 2024 a 2026, são estimados aportes de 6,2 bilhões de reais na concessão.

Na ação, a AGU cobra indenização de 260 milhões de reais por danos morais coletivos, valor equivalente a 20% do lucro líquido apurado pela distribuidora paulista em 2023, "como forma de desestimular a conduta de concessionárias de serviços públicos essenciais que optam por reduzir investimentos para elevar seus lucros em prejuízo dos usuários do serviço".

A AGU também pediu o pagamento de indenização individual a todas as unidades consumidoras que permaneceram por mais de 24 horas sem energia. Nesse caso, o valor pedido é de, no mínimo, 500 reais por dia por unidade, a ser pago por meio de desconto nas contas de luz.

"Com base em informações prestadas pela concessionária e pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estima-se que o custo total com as indenizações individuais seja de, no mínimo, 757 milhões de reais", disse o órgão, em comunicado, apontando que, somada à indenização coletiva, o valor total a ser pago pela Enel poderá ultrapassar 1 bilhão de reais.

Eventos climáticos extremos, como fortes temporais e enchentes, têm dificultado a operação das distribuidoras de energia em diferentes partes do país nos últimos anos.

© Reuters. Vista do bairro do Morumbi em meio à falta de energia elétrica em São Paulo
06/11/2023 REUTERS/Camila Moreira

Em novembro de 2023, chuvas com ventos acima de 100 km/h já haviam deixado milhões de consumidores do Estado de São Paulo sem luz, principalmente na região metropolitana atendida pela Enel, em ocorrência que revoltou população e autoridades e levou à aplicação de multas milionárias.

No mês passado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) emitiu um termo de intimação à distribuidora de energia Enel São Paulo, dando início a um processo que poderá levar à caducidade da concessão e também dificultar a renovação contratual a partir de 2028.

(Por Letícia FucuchimaEdição de Alberto Alerigi Jr. e Eduardo Simões)

Últimos comentários

Instale nossos aplicativos
Divulgação de riscos: Negociar instrumentos financeiros e/ou criptomoedas envolve riscos elevados, inclusive o risco de perder parte ou todo o valor do investimento, e pode não ser algo indicado e apropriado a todos os investidores. Os preços das criptomoedas são extremamente voláteis e podem ser afetados por fatores externos, como eventos financeiros, regulatórios ou políticos. Negociar com margem aumenta os riscos financeiros.
Antes de decidir operar e negociar instrumentos financeiros ou criptomoedas, você deve se informar completamente sobre os riscos e custos associados a operações e negociações nos mercados financeiros, considerar cuidadosamente seus objetivos de investimento, nível de experiência e apetite de risco; além disso, recomenda-se procurar orientação e conselhos profissionais quando necessário.
A Fusion Media gostaria de lembrar que os dados contidos nesse site não são necessariamente precisos ou atualizados em tempo real. Os dados e preços disponíveis no site não são necessariamente fornecidos por qualquer mercado ou bolsa de valores, mas sim por market makers e, por isso, os preços podem não ser exatos e podem diferir dos preços reais em qualquer mercado, o que significa que são inapropriados para fins de uso em negociações e operações financeiras. A Fusion Media e quaisquer outros colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo não são responsáveis por quaisquer perdas e danos financeiros ou em negociações sofridas como resultado da utilização das informações contidas nesse site.
É proibido utilizar, armazenar, reproduzir, exibir, modificar, transmitir ou distribuir os dados contidos nesse site sem permissão explícita prévia por escrito da Fusion Media e/ou de colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo. Todos os direitos de propriedade intelectual são reservados aos colaboradores/partes fornecedoras de conteúdo e/ou bolsas de valores que fornecem os dados contidos nesse site.
A Fusion Media pode ser compensada pelos anunciantes que aparecem no site com base na interação dos usuários do site com os anúncios publicitários ou entidades anunciantes.
A versão em inglês deste acordo é a versão principal, a qual prevalece sempre que houver alguma discrepância entre a versão em inglês e a versão em português.
© 2007-2024 - Fusion Media Limited. Todos os direitos reservados.