PARIS/MUNIQUE (Reuters) - A Airbus (EPA:AIR) deve conseguir elevar a produção de jatos em 2024, com a maior fabricante de aviões do mundo alcançando compromissos de ao menos duas fabricantes de motores após meses de negociação sobre o ritmo de retomada pós-pandemia do setor.
A empresa europeia tem recuperado sua capacidade de produção de modelos mais vendidos, mas enfrenta desafios para convencer fabricantes de motores a apostarem em seu plano de crescimento.
A francesa Safran (EPA:SAF), que co-produz motores com a General Electric (NYSE:GE) por meio da joint-venture CFM, e a alemã MTU Aero Engines, afiliada da norte-americana Pratt & Whitney, confirmaram acordos com a Airbus sobre 2024.
"Corresponde à quantidade que nós tínhamos nos comprometido antes da crise; graças a isso pudemos alcançar um acordo sobre o volume de fornecimento para 2024", disse o presidente-executivo da Safran, Olivier Andries.
O executivo não deu detalhes sobre o acordo, mas disse que a meta difere de 2023, descartando uma estabilização na produção do A320neo, que compete com o 737 MAX, da Boeing (NYSE:BA).
A Airbus não comentou o assunto. Na quinta-feira, o presidente-executivo do grupo, Guillaume Faury, reafirmou planos de elevar a produção da família A320 para 65 unidades por mês até meados de 2023.
A Airbus tem afirmado que pretende tomar uma decisão até meados deste ano sobre se poderá ir além e aumentar a produção mensal para 70 aviões no primeiro trimestre de 2024 e para 75 unidades por mês até 2025.
Atualmente, a companhia está montando 50 jatos da família A320 por mês e a programação da empresa mostra uma evolução para 61 unidades mensais até o fim deste ano.
Até agora, CFM e Pratt & Whitney têm manifestado preocupação sobre comprometimento com uma produção mensal maior do que 65 aviões planejados para meados de 2023.