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Alta modesta do Ibovespa esconde extremos em 2022, como Cielo e IRB

Publicado 28.12.2022, 18:44
© Reuters.
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SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa está fechando 2022 com alta modesta, em um ano marcado por forte elevação da Selic e volatilidade com as eleições no país, enquanto o cenário externo não deu alento, com aperto monetário nas principais economias para combater a inflação elevada, guerra da Ucrânia e desaquecimento econômico.

Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa acumula até o momento alta de 5,2%, a 110.267,87 pontos - em desempenho melhor do que os últimos dois anos, mas ainda distante das máximas históricas. Em meados de 2021, chegou a superar os 131 mil pontos.

Entre os destaques positivos da carteira, Petrobras (BVMF:PETR4) teve um salto de 49,9% nas preferenciais, a 25,01 reais, e de 51,7% nas ordinárias, a 28,64 reais.

A performance poderia ter sido ainda melhor, uma vez que ambas renovaram marcas históricas no ano, antes da correção no final de outubro, conforme a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência trouxe receios sobre o rumo da estatal, após reestruturação na empresa nos últimos anos.

Também se destaca a disparada de 140,7% da Cielo (BVMF:CIEL3), a 5,21 reais, em um ano transformador na maior empresa de meios de pagamentos do país, que incluiu reajuste de preços e desinvestimentos. Ainda assim, a cotação segue distante das máximas registradas em 2015.

A mineradora Vale (BVMF:VALE3), com alta de 25%, a 88,97 reais, também foi destaque positivo, particularmente em um período no qual medidas restritivas contra a Covid na China provocaram a desaceleração econômica.

O comportamento mais forte em alguns papéis é explicado em parte pelo fluxo de capital externo no mercado secundário, que até o último dia 26 somava 98,8 bilhões de reais, com as vendas por estrangeiros superando as compras em apenas três meses - abril, maio e setembro.

Eletrobras (BVMF:ELET3) é outro destaque, com elevação de cerca de 30%, a 42,65 reais, após a elétrica ser privatizada por meio de uma oferta de ações, que diluiu a participação do governo brasileiro na companhia.

Na ponta contrária, o destaque foram ações de consumo, que sofreram com o ambiente de inflação mais elevada e aperto das condições monetárias, com a Selic chegando a 13,75% ao ano. Preocupações como rumo fiscal do país também pesaram.

Nesse contexto, Americanas tem declínio de 68,5%, a 9,70 reais, e Magazine Luiza (BVMF:MGLU3) recua 62,6%, a 2,70 reais. CVC Brasil (BVMF:CVCB3) perde 66,1%, a 4,55 reais.

A maior queda é de IRB Brasil (BVMF:IRBR3), com declínio de 76,6%, a 0,94 real, tendo renovado mínimas históricas, diante da desconfiança sobre a capacidade da resseguradora de se sustentar diante de prejuízos seguidos, mesmo após aumento de capital.

Para 2023, estrategistas seguem com cautela, entendendo que riscos globais envolvem a chance de uma recessão, dada a política monetária ainda contracionista em várias economias, enquanto a reabertura da China, positiva para a atividade e commodities, pode se refletir em deterioração da inflação.

No Brasil, incertezas sobre a trajetória de política fiscal endossam uma visão mais conservadora, bem como dúvidas sobre como será o terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, que assume o comando do país no domingo.

Ainda assim, alguns veem as ações brasileiras atrativas, beneficiadas entre outros componentes pela reabertura da China e seus reflexos nos preços de commodities, além da ausência de tensões geopolíticas que afetam outros mercados emergentes.

 

(Por Paula Arend Laier)

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