Money Times - Os balanços publicados pelo Bradesco, Itaú Unibanco e Santander sobre 2017 mostram que os bancos privados começaram a retomar o espaço perdido para os públicos na última década, avalia o BTG Pactual (SA:BPAC11) em um relatório enviado a clientes nesta segunda-feira (5).
“Como escrevemos no relatório do Bradesco, estruturalmente falando, permanecemos otimistas com os bancos no Brasil. Após 10 anos, os privados ganharam participação de mercado sobre os estatais em 2017, uma tendência que esperamos continuar nos próximos anos”, explicam os analistas Eduardo Rosman e Thiago Kapulskis.
O balanço do Banco do Brasil (SA:BBAS3) será conhecido no próximo dia 22 de fevereiro, após o fechamento dos mercados.
Itaú
O Itaú (SA:ITUB4) informou ontem ter alcançado um lucro líquido recorrente (que considera a consolidação do Citibank) de R$ 6,280 bilhões no quarto trimestre de 2017, uma alta de 0,41% em relação aos três meses anteriores (R$ 6,254 bilhões). Na comparação com igual período em 2016, os ganhos cresceram 7,95%.
Em todo o ano de 2017, o lucro recorrente do banco somou R$ 24,879 bilhões, 12,32% acima dos R$ 22,150 bilhões registrados em 2016. Em termos contábeis, o lucro do Itaú aumentou 5,01% no quarto trimestre ante o ano anterior, para R$ 5,821 bilhões, e somou R$ 23,965 bilhões no acumulado de 2017 – alta de 10,74%.
Bradesco
O Bradesco (SA:BBDC4) obteve lucro líquido ajustado de R$ 4,862 bilhões no quarto trimestre do ano passado, resultado 10,9% superior ao registrado em igual período de 2016 (R$ 4,385 bilhões). Na comparação com os três meses anteriores, o acréscimo foi de 1,1%. O banco lucrou R$ 19,024 bilhões em 2017 como um todo, o que representa alta de 11,1% sobre o ano anterior.
No informe do balanço, o Bradesco destaca a redução de despesas de provisão para devedores duvidosos e o aumento das receitas com prestação de serviços e operações de seguros dentre os fatores que contribuíram para o salto nos ganhos.
Santander
O Santander Brasil (SA:SANB11) apresentou lucro líquido gerencial de R$ 2,752 bilhões no quarto trimestre de 2017, o que representa um aumento de 38,3% ante o mesmo período em 2016. Na comparação com o terceiro trimestre, a expansão foi de 6,4%. O lucro societário, que inclui amortização do ágio, somou R$ 2,498 bilhões no quarto trimestre de 2017, um crescimento de 62,5% sobre o mesmo intervalo em 2016.
No acumulado do ano, o lucro gerencial do banco chegou a R$ 9,953 bilhões, o “maior patamar histórico”, marcando avanço de 35,6% sobre 2016, enquanto o lucro societário totalizou R$ 7,997 bilhões, alta de 44,5%.