Investing.com – Os analistas do KeyBanc reduziram a classificação da Apple (NASDAQ:AAPL) de “Overweight” (Acima da Média) para “Sector Weight” (Em Linha com o Setor).
Com isso, as ações da Apple operavam em baixa antes da abertura em Nova York nesta quarta-feira, 4, negociadas ao redor de US$ 171,64.
O rebaixamento das ações da Apple é baseado em vários fatores:
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Valuation: atualmente, a AAPL está sendo negociada a múltiplos próximos das máximas históricas e possui um prêmio significativo em relação aos níveis históricos e ao índice Nasdaq. Esse nível de valuation gera preocupações, conforme afirmam os analistas;
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Desafios nas vendas nos EUA: existem expectativas de que as vendas de produtos da Apple nos Estados Unidos possam enfrentar dificuldades. Essa avaliação se baseia nos dados do KeyBanc, nas projeções sobre as taxas de upgrade nos EUA e nas promoções iniciais do iPhone por operadoras dos EUA, que são vistas como restritivas;
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Expectativas de crescimento internacional: a antecipação de uma aceleração rápida no crescimento internacional pode ser excessivamente otimista, de acordo com a análise; e
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Estimativas completas: do ponto de vista tanto da receita quanto do lucro, acredita-se que as estimativas da Apple pareçam totalmente precificadas.
“Acreditamos que, para justificar uma alta nas ações da AAPL, é necessário aplicar valuations máximos ou o perfil de crescimento da empresa precisa melhorar”, afirmaram os analistas em um comunicado aos clientes.
Além disso, regiões-chave como as Américas provavelmente verão um “crescimento fraco”.
“Cerca de 37% da receita da AAPL vem dos EUA, tornando os EUA o maior segmento geográfico da AAPL. Esperamos que os EUA experimentem seu quarto declínio consecutivo ano após ano no quarto trimestre de 2023, potencialmente continuando até o primeiro trimestre de 2024”, acrescentaram.
O KeyBanc projeta um crescimento da receita de 3,5% para o ano fiscal de 2024, enquanto o consenso do mercado está em mais de 6%.
“Também esperamos que as margens melhorem a um ritmo mais lento nos próximos anos, devido a: 1) lançamento de produtos e mudança na combinação; 2) pressão incremental nas margens de hardware e serviços; 3) aumento dos gastos com pesquisa e desenvolvimento (P&D) e vendas e marketing (S&M) para lançamentos de novos produtos; e 4) potencial para maiores despesas de capital”, concluíram os analistas.